‘Precisa ser muito conversado’, diz Nelsinho após Kassab sinalizar apoio do PSD a Ciro Gomes
O senador reforçou que quem deve decidir a questão de apoio presidencial em Mato Grosso do Sul é o pré-candidato Marquinhos Trad
Graziella Almeida, Evelin Cáceres –
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Senador por Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) comentou nesta quarta-feira (4) a declaração do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, sobre apoio ao pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT). “É algo que ainda precisa ser muito conversado, pois têm estados que são mais Ciro, outros mais Bolsonaro e outros, mais Lula”.
Para Nelsinho, é de Kassab falar em possibilidades, não em definições tão antes das eleições. “Vamos decidir isso mais próximo das convenções. Mas quase sempre os diretórios seguem as alianças políticas da nacional”, destacou, lembrando as eleições passadas.
O senador reforçou, ainda, que quem deve decidir a questão de apoio presidencial em Mato Grosso do Sul é o pré-candidato ao Governo do Estado Marquinhos Trad. “Aqui no diretório estadual, estamos alinhando as decisões com nosso pré-candidato. Então, quem anda pelas ruas é ele e [ele] saberá escolher o melhor caminho”, finalizou.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse na terça-feira (3), que “não é impossível” apoiar a candidatura Ciro Gomes, do PDT, enquanto uma aliança com Lula ou Bolsonaro, no primeiro turno, está descartada. Kassab classificou o pedetista como um “excelente candidato” e “única terceira via”.
“Eu continuo torcendo pra que a gente tenha uma terceira via e o Ciro seria uma extraordinária terceira via. Ele é muito bem preparado, tem experiência, saberá fazer um bom governo, conhece economia, conhece gestão, tem energia, boa saúde… tem todas as condições para ser um bom presidente da República”, disse Kassab.
Aliados de Marquinhos no PDT em MS
Um dos fatores que podem sinalizar palanque para Ciro Gomes em Mato Grosso do Sul no PSD são as recentes movimentações no PDT estadual. Aliados do ex-prefeito de Campo Grande e pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), o primo advogado José Belga Trad e a secretária municipal de Educação, Alelis Izabel de Oliveira Gomes, fazem parte da diretoria provisória do PDT no Estado.
O novo presidente estadual é Marcelo de Oliveira Panella, que faz parte da diretoria nacional do partido. Panella ocupa o lugar de João Leite Schimidt, que assumiu o partido após a saída do deputado federal Dagoberto Nogueira, filiado ao PSDB, depois de 31 anos na legenda da esquerda.
Nogueira deixou o PDT por não conseguir formar a chapa de candidatos a deputado federal. Pensando em sua reeleição, aceitou o convite do ninho tucano e deixou o partido à deriva, que teve a filiação do deputado estadual Lucas de Lima.
Por ter o maior cargo no partido, Lima poderia assumir como presidente estadual ou municipal, mas Schimidt voltou ao cargo. Porém, a executiva nacional interveio na decisão e deliberou sobre a nova formação.
Alelis assumiu a secretaria municipal de Educação no último dia 6, após a saída de Elza Fernandes, pré-candidata a deputada estadual. Já José, é advogado e primo de Marquinhos.
Sem aliados de Bolsonaro no PDT
O tesoureiro nacional do PDT, Marcelo Panella, e presidente do diretório do PDT em MS, afirmou que o partido dificilmente apoiará o PSDB na tentativa de se manter no Governo do Estado nas eleições 2022.
Classificando como ‘construção difícil’, a avaliação dele se deve ao fato de o ninho tucano ter Eduardo Riedel como pré-candidato ao Executivo com apoio da ex-ministra, deputada Tereza Cristina (PP/MS), aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu venho de uma escola política que conversamos com todos, mas seria a construção mais difícil. Onde Bolsonaro estiver queremos léguas de distância”, afirmou o dirigente.
Apesar de a comissão provisória do PDT de MS ter sido composta por aliados do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), pré-candidato ao governo estadual, Panella diz que não existe posicionamento definido de qual candidato terá apoio do PDT de MS nas eleições 2022.
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