Oposição não descarta possibilidade de Marquinhos depor na Câmara sobre casos de assédio sexual

‘Quem não deve, não teme’, disse um vereador

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Oposição
Marquinhos Trad. Arquivo/ Midiamax

Vereadores da oposição em Campo Grande não descartam a possibilidade do ex-prefeito da Capital e candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), prestar esclarecimentos na Câmara Municipal sobre casos de assédio sexual em que ele é investigado pela Polícia Civil.

O candidato do PSD foi intimado para prestar depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na quarta-feira (21), sobre os casos em que é suspeito de assédio sexual. Momentos antes, a defesa entregou documento na delegacia, pedindo o adiamento da oitiva para depois da eleição, que acontece em 2 de outubro. O pedido foi aceito pela Justiça.

Alguns vereadores da Câmara Municipal pedem esclarecimentos de Marquinhos na Casa de Leis, mas outros parlamentares explicam que por ele não ser mais prefeito o caso agora tem que ser investigado pela polícia.

Clodoilson Pires (Podemos) diz ser favorável a possível prestação de contas do ex-Chefe do Executivo na Câmara.

“Eu acredito que seria bom para ele, já que se diz inocente. Os vereadores que não são da base do Marquinhos quer que ele venha, mas como ele tem apoio da maioria, seria algo muito difícil de acontecer”, disse.

O vereador Marcos Tabosa (PDT) diz que não vai medir esforços para o ex-prefeito ir à Câmara, ressaltando que ‘quem não deve, não teme’.

“Ele está fugindo da polícia. Quem não deve não teme. Se não esconde nada da sociedade, não precisa ter medo de depor”.

Zé da Farmácia, do Podemos, também é favorável à presença de Marquinhos na Casa de Leis. “Seria bom recebê-lo para esclarecer muitos assuntos para a sociedade saber o que é fato e o que é fake”, destacou.

O vereador Ronilson Guerreiro (Podemos) se limitou a comentar sobre o assunto, adiantando que agora ‘Marquinhos é caso da Justiça’.

“Aqui é uma Casa Legislativa e o Marquinhos não é mais prefeito da cidade. A Justiça tem que investigar e já está sendo investigado. Temos que deixar a Justiça cuidar disso”.

O vereador Junior Coringa (PSD), mesmo partido do candidato investigado, adiantou que chegou a conversar com Marquinhos, destacando que ele vai prestar esclarecimentos à polícia, mas não sabe o dia.

“O Marquinhos já foi acionado pela polícia, conversei com ele e disse que quer se defender, mas não sei quando ele vai depor, não comentou sobre datas comigo”, disse.

O Presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, mais conhecido como Carlão (PSB), também diz que o caso envolvendo o Marquinhos já não tem mais envolvimento com a Câmara.

“A Câmara tem que fazer isso com a prefeita – Adriane Lopes (Patriota) – e não com o prefeito que já renunciou ao cargo. Se ele é inocente ou não, vai ter que responder na Justiça”.

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