Governador Reinaldo Azambuja inaugura monumento de R$ 333 mil em Coxim

A homenagem é uma escultura de bronze em tamanho real do poeta Zacarias Mourão

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Reinaldo Azambuja
Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Foto: Nathália Alcântara/Midiamax

O Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), cumpre agenda em Coxim, município distante aproximadamente 250 quilômetros de Campo Grande, nesta sexta-feira (30). O tucano inaugura um monumento que custou mais de R$ 333 mil na cidade.

Segundo a assessoria de imprensa do Governador, o evento acontece às 17h de hoje e presta homenagem a um dos mais conhecidos e importantes nomes da poesia e da música coxinense: Zacarias Mourão.

A homenagem é uma escultura de bronze em tamanho real, é de autoria do escultor campo-grandense Victor Henrique Woitschach, o “Ique”.

Zacarias Mourão é o poeta que colocou a cidade de Coxim e o Estado de Mato Grosso do Sul no cenário nacional pelo reconhecimento a suas músicas, entre elas o Pé de Cedro, hoje um hino do município.

O artista visual Victor Henrique Woitschach, o “Ique”, como é conhecido, já foi chargista no extinto jornal Diário da Serra e Jornal do Brasil. É cartunista, escultor, ilustrador e artista plástico. Fez também a escultura do poeta Manoel de Barros, que está localizada na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

A estátua de Zacarias Mourão tem 1m76 de altura, que era a altura do poeta em vida, e possui 1m20 de circunferência, ele está com os braços abertos para as pessoas poderem ficar ao lado e tirar fotos. O valor da obra é de R$ 333.600,00, num convênio entre a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura Municipal de Coxim.

O homenageado, Zacarias dos Santos Mourão, nasceu em 15 de março de 1928 na cidade de Coxim, no Estado de Mato Grosso do Sul. Passou a infância na igreja, onde se tornou coroinha ao lado de Padre Chico, que o apelidou de Tió, nome de um pássaro danado.

Aos 15 anos, o menino decidiu ser padre e mudou-se para Campo Grande, onde fez dois anos de seminário, mas percebeu que não tinha vocação para o sacerdócio e resolveu deixar de lado a batina.

Na Capital, Zacarias entrou para a Aeronáutica e depois, aos 21 anos, foi estudar em Petrópolis (RJ), mas a vida por lá não agradou. O rapaz passava a maioria do tempo trancado em um quarto, escrevendo sobre Coxim.

Resolveu morar em São Paulo, onde entrou para o DER (Departamento de Estradas e Rodagem); responsável pela construção, manutenção e vigilância das estradas, como operador de máquina. Fez carreira até sair como Policial Rodoviário Federal.

E, em 1959, aos 31 anos, Zacarias retorna à cidade sul-mato-grossense, visita o pé de cedro que havia plantado quando criança, conversa com Padre Chico e volta à capital paulista com a letra da música, sobre a árvore, já escrita. Foi quando pediu a Goiá, outro compositor, que musicasse a canção que viria a marcar sua carreira.

Além de compositor, Zacarias Mourão foi também radialista, tendo trabalhado na Bandeirantes, na Excelsior e também na Nacional. Na rede, também foi diretor artístico sertanejo e, com essa função, descobriu vários novos talentos na música caipira.

Suas composições foram gravadas por renomados intérpretes, como as Primas Miranda, Tião Carreiro e Pardinho, Irmãs Galvão, Tibagi e Miltinho, Zilo e Zalo, entre outros.

Zacarias Mourão tinha um sonho de fazer a praça pública no lugar do pé-de-cedro. Foi erguido no local um busto em homenagem ao compositor, o que deu início à construção do espaço público com o qual ele sempre sonhou.

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