Figuras femininas se tornaram destaques nos últimos anos no cenário político de MS

Cargos políticos ocupados por mulheres chegam a 15%, comparados à média mundial que é 30%

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Rose Modesto
Rose Modesto

Com grandes nomes femininos em destaque na política regional, Mato Grosso do Sul tem registrado um aumento da participação das mulheres em cargos públicos de poder nos últimos anos. Um exemplo específico foi registrado em 2020, com o aumento considerável de mulheres eleitas para as Câmaras e Prefeituras no interior do Estado.

Conforme dados divulgados pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), a soma das últimas eleições municipais é 58% dentro desses espaços públicos, totalizando 164 mulheres ocupando as cadeiras do parlamento municipal e seis efetivamente eleitas para o cargo à majoritária de cada município.

A ocupação de mulheres influentes em cargos de poder mostra a importância da representatividade do gênero no meio político, trazendo uma consequência de que cada uma se torna a referência da outra, além de incentivar ainda mais a inserção de outras figuras no meio.

Além da grande representatividade feminina no meio político regional, MS conta com nomes renomados em destaque no cenário estadual e nacional, como a Ministra de Agriculta, Tereza Cristina (PP), as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), as deputadas Rose Modesto (União Brasil), Bia Cavassa (PSDB) e Mara Caseiro (PSDB).

Representatividade

A representatividade da mulher em cargos públicos de poder é ainda um tema muito discutido pelos partidos, que antes apostavam apenas em figuras femininas que estavam em destaque ou apresentavam outras referências políticas masculinas interligadas.

No entanto, a situação vem mudando com o passar dos anos e é possível avaliar a questão a partir da criação de comitês femininos dentro das siglas, enfatizando cada vez mais o debate de políticas públicas voltadas a mulher.

Mesmo com a criação dos comitês, a participação das mulheres nas chapas proporcionais e majoritárias era mínima e, a partir das eleições deste ano, passará a ser no mínimo de 30%. A aprovação de um projeto de lei que obriga os partidos a inserirem mulheres na composição das candidaturas trará mais visibilidade, além de garantir a inserção do gênero cada vez mais no meio político.

Reforçando cada vez mais o debate, a senadora e pré-candidata à presidência da República, Simone Tebet, ressaltou a importância da mulher na ocupação de cargos de poder e como cada vez mais vem fomentando essa discussão. “Precisamos falar da importância de ter mulheres em cargos públicos e principalmente os de poder decisivos para levar o nosso debate de políticas públicas voltadas para nós mesmas a conhecimento geral. Para abraçar a mãe que luta por vaga na creche por um filho, para mulher que quer ter igualdade no salário e por tantas outras que querem exercer os seus direitos. Temos que discutir as questões sociais e destacar que nós somos competentes sim a ocupar esses lugares.”

Por outro lado, Rose Modesto defende o empoderamento da mulher e diz que  a coragem de enfrentar ambientes de poder é uma maneira de se reinventar. “Comecei minha carreira política em 2008, de primeira fui uma das vereadoras mais bem votadas de Campo Grande e desde então venho me reinventando. Depois de cumprir meu papel na Câmara dos Deputados, me lanço a pré-candidata ao Governo depois de quase 20 anos sem uma mulher disputar a eleição para esse cargo. Eu defendo a coragem de ir em frente e buscar sempre espaços onde a mulher precisa ter mais voz”, destacou.

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