Desempenho de Moro não interfere em rumos do Podemos de MS nas eleições 2022, avaliam lideranças

Eles acreditam que candidatura não decola e que fato de o partido não ter candidato ao governo estadual distancia relação

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Vereadores de Campo Grande do Podemos.
Vereadores de Campo Grande do Podemos.

Na avaliação de lideranças do Podemos de Campo Grande, desempenho de Sérgio Moro nas pesquisas sobre a corrida eleitoral para presidente da República não afeta nos rumos do partido em Mato Grosso do Sul. Eles acreditam nisso pelo fato de que a sigla não terá candidato ao Governo do Estado e por acharem que a tentativa do ex-juiz não vá decolar. Porém, há possibilidades de Moro disputar a presidência pelo União Brasil, conforme o presidente do Podemos no Estado, Sérgio Murilo.

Reportagem nacional, nesta semana, apontou que o rendimento dele nas pesquisas preocuparia o partido, que tenta evitar debandada de filiados por conta disso. 

“Provavelmente não vai decolar [a candidatura], até porque o foco está entre Bolsonaro e Lula. Mas é cedo para gente fazer essa previsão, quando começar mesmo o período eleitoral, vai dar uma alavancada”, opinou o vereador Zé da Farmácia. Apesar da descrença na candidatura de Moro, o parlamentar acredita que ele pode conseguir votos dos insatisfeitos com os dois nomes mais citados.

Clodoilson Pires, também vereador na Capital pelo Podemos, afirmou que a candidatura a presidente ‘não interfere em nada’, uma vez que o partido não lançará candidato ao governo estadual. Eles devem apoiar o nome que eventualmente será lançado pelo União Brasil, sigla criada a partir da fusão entre DEM e PSL, que precisa ser homologada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Não vai impactar em nada. Teremos chapa de candidatos para federal e estadual. Para nós, não muda em nada o desempenho dele”, completa. O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) disse que é preciso aguardar para ver como ‘será desenhado esse quadro eleitoral’

Para ele, a chamada terceira via tem de ser alguém com projeto para o Brasil, ‘sem radicalismo de direita e esquerda’. “Precisamos sair dessa bolha e pensar que não vamos ter um salvador da pátria, mas saber dialogar e encontrar soluções”.

Segundo Sérgio Murilo, a reportagem foi exagerada. “O Podemos tem 17 deputados federais e cada um tem sua ilha e defende seus interesses pessoais. Isso é normal”.

Murilo disse ainda que a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu, precisa fazer algo maior, que é pensar na nação toda. “Não é nada alarmante, notícia que o título promete uma novidade grande, coisa pequena, pontual e logicamente será resolvido com tranquilidade”.

Na avaliação do presidente regional, debandada não deve ter no partido por causa da atuação de Moro. “Concordo com a maneira que a Renata comanda o partido, Ela conversou comigo por telefone e se o Podemos tiver que ceder o ex-juiz para o União Brasil, acho que a gente não se importa com isso. A ordem do fator não altera o produto e se ele for para o União, também vai ser para disputar a presidência”.

Homologação

Sérgio Murilo ainda afirmou ao Jornal Midiamax que em fevereiro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) homologa a fusão do União Brasil. Com isso, a política começa a se movimentar no país. “É um partido com 88 deputados federais, com uma capacidade enorme no Brasil e ninguém se atreve a tomar decisão partidária. Estamos tranquilos, pacificados com o União, sob o comando da senadora Soraya”.

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