Defensor paraguaio pede renúncia de cargo após acusações de assédios

Na carta de demissão, Godoy alegou problemas de saúde: “Minha luta contra o câncer é muito mais importante”

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Após acusações de maus-tratos e assédio, o defensor público Miguel Godoy enviou na manhã desta quarta-feira (28) uma carta de demissão ao Congresso Nacional do Paraguai. A nota dirigida ao Presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Maria López, alega questões de saúde.

O pedido de demissão ocorreu após os líderes dos deputados da bancada do movimento Colorado Honor da Associação Nacional Republicana (ANR) anunciarem que acompanharão as acusações. Movimento este que até então impedia o pedido para julgamento político, segundo o portal ABC Color.

Na nota, Godoy alega que nenhuma queixa de assédio ou maus-tratos foi lhe apresentada na jurisdição criminal, mas que seu estado de saúde não permite que seja exposto a uma situação sem fim. “Minha luta contra o câncer é muito mais importante”, acrescentou.

Disse ainda que não utilizou nem um único Guarani do Estado paraguaio para seu benefício pessoal.

Acusações

Miguel Godoy tem um processo criminal aberto de várias queixas por supostas agressões, assédios e outros delitos. Contra ele foram ajuizadas duas injúrias, somando quase uma centena de motivos de demissão, que vão desde denúncias criminais por má gestão administrativa e supostos esquemas de cobrança, até várias outras por perseguição, agressão e até abuso contra funcionários da Ouvidoria.

Além disso, vários legisladores o denunciaram por ameaçar “plantar drogas” nos veículos dos deputados que promovem o julgamento político, bem como nos de seus familiares.

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