A volta das coligações, incluída na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma eleitoral, não é justa, conforme avaliação do senador (PSD). A proposta está na pauta e deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (17).

Segundo Trad, as coligações abrem brecha para criação de novos partidos. “Quando se pulveriza isso, permitindo coligações você acaba fazendo com que nasçam siglas partidárias de aluguel onde coloca-se um ou outro elemento para disputar a eleição”, disse em entrevista ao Bom Dia Brasil.

Conforme o senador, essa sigla acaba fazendo coligação com partido organizado. “Assim, este elemento acaba tomando a vaga daquele que se estruturou, e organizou, se planejou, não acho justo”.

A PEC foi aprovada em primeiro turno pela Câmara na semana passada (11) e a votação em segundo turno está marcada para esta terça-feira (17). Para valer nas eleições do ano que vem, o texto precisa ser chancelado pelo Senado até outubro.

As coligações foram derrubadas pelo em 2017. A coligação proporcional permite, em sistema de aliança partidária, que candidatos menos votados, muitas vezes sem afinidade ideológica, se elejam na esteira dos votos computados pelo conjunto de legendas que integram o bloco.

Para valer nas eleições do próximo ano, a PEC precisa do apoio de 49 senadores nos dois turnos e ser aprovada até outubro.