Só reduzindo mobilidade contaminação diminuirá, afirma infectologista de MS
Com recordes de internação e mortes por coronavírus, o lockdown ou outras medidas restritivas de circulação são as saídas mais eficazes no momento para reduzir a contaminação, segundo o médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz. Nesta quarta-feira (31), a Câmara Municipal de Campo Grande fez mais uma audiência para discutir medidas diante […]
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Com recordes de internação e mortes por coronavírus, o lockdown ou outras medidas restritivas de circulação são as saídas mais eficazes no momento para reduzir a contaminação, segundo o médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz. Nesta quarta-feira (31), a Câmara Municipal de Campo Grande fez mais uma audiência para discutir medidas diante da nova onda da doença. Além do infectologista, foi ouvido o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Renato Paniago.
“Importante ressaltar que medidas restritivas e lockdown são coisas diferentes”, citou o cientista. Campo Grande chega, de acordo com dados apresentados por Croda, a 102% de ocupação de leitos. “O Estado todo está colapsado. Vamos abrir mais leitos? Existe um limite, mais do que criar leitos, é preciso diminuir a contaminação”.
Já o presidente da associação afirma que os comerciantes não são contra lockdown, mas, sim, vão contra ‘medidas ineficientes para evitar o contágio’. Segundo Paniago, muitos comerciantes aguardam a reabertura para avaliar os impactos, mas alguns decidiram fechar definitivamente em outros momentos da pandemia.
Ponto em comum entre eles é a necessidade de vacinação em massa. Julio Codra ressaltou que Mato Grosso do Sul lidera, no País, em relação à população vacinada. “Esforço muito bom, estamos bastante empenhados, mas precisamos atingir 80%, falta muito”. Hoje, 10% da população recebeu a imunização no Estado.
Apesar de reconhecer os impactos citados pelo empresariado, o médico é categórico ao dizer que, somente medidas que restringem a circulação são eficazes para diminuir a contaminação. “A chave é essa. Sempre batemos recorde de menor isolamento. Aqui, nunca foi superior a 50%. Ou seja, nunca fizemos isolamento adequado para ter impacto na redução da infecção”.
‘Funciona quando é bem feito’
“Se tiver muitas exceções, não vai funcionar”, reforçou Croda. Justamente nesta quarta-feira (31), no entanto, no decorrer da audiência sobre lockdown, o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou relaxamento que valerão a partir do dia 5 de abril. “É muito risco trabalhar com flexibilizações com uma taxa de ocupação de 80%. A opção é reabrir e aceitar estas mortes evitáveis em UPAs [Unidade de Pronto Atendimento] sem atendimento médico?”, questionou o médico. Relaxamentos de medidas devem ocorrer, acrescenta, de forma gradual e de acordo com uso de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva). “Não fizemos nada direito, fomos muito permissíveis, um exemplo é o transporte público”.
‘Comércio é educador’
O presidente da Associação Comercial afirmou que as medidas restritivas ‘punem’ os comércios, reforçando que, a maioria dos lojistas, cumpre as normas de biossegurança, como uso de máscara e disponibilização de álcool em gel. “Outros lugares do mundo investiram nas empresas, para ficar com as portas fechadas, isso não foi feito no nosso país”.
Segundo ele, o comércio atua como ‘educador’, não como ‘local de contaminação’. “Temos que nos unir para desenhar ações que tragam resultados. Cada vez que sai decreto, fazemos live, batalhando para divulgar e esclarecer. A associação não apoia qu0em está fazendo errado”.
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