‘Estado perseguidor’, classifica deputado sobre medida de Reinaldo que mantém diesel e gás caros

Contrário à decisão de Reinaldo Azambuja (PSDB) de não reduzir ICMS sobre diesel e gás, João Henrique (PL) diz que defende ‘estado parceiro’.

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O deputado estadual João Henrique (PL) também se manifestou contrário à medida do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que decidiu não acompanhar o corte federal dos impostos sobre o óleo diesel e o gás de cozinha e, assim, manteve o peso do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis no Estado.

“Eu tenho o sonho de, um dia, poder efetivamente mudar a política fiscal do estado perseguidor para o estado parceiro, que serve sem servir-se”, defende o parlamentar.

“De fato, houveram boas reformas que permitiram nosso estado estar de pé nesse momento caótico e pandêmico. Faria diferente em respeito ao movimento ‘Chega de Impostos’, que foi o que me trouxe a política e que me levou a sempre combater e votar contrário a aumento da carga tributária”, complementou João Henrique.

Antes dele, o deputado Capitão Contar (PSL) também já havia protestado contra a medida de Reinaldo que manteve altos os preços do gás de cozinha e do óleo diesel. Cabo Almi fez o mesmo. Por outro lado, Gerson Claro (PP) e Pedro Kemp (PT) isentaram Reinaldo.

O governo estadual renovou o congelamento da pauta fiscal dos combustíveis, conforme publicado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) no meio da última semana. Portanto, a tendência é que os preços praticados atualmente por postos ou revendas se mantenham – ou mesmo aumentem – nos próximos 15 dias.

A pauta fiscal nada mais é do que o PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final), calculado a partir de uma pesquisa de preços feita pelos estados e Distrito Federal. Esse preço de referência é reavaliado a cada 15 dias. É sobre ele que se calcula a alíquota de ICMS sobre os combustíveis.

Em Mato Grosso do Sul, o percentual do imposto estadual sobre o óleo diesel é de 12%. Com o PMPF vigente até o fim de março, de R$ 3,8335, o consumidor paga R$ 0,46 de ICMS por litro.

A alíquota de ICMS sobre o botijão de gás residencial é a mesma – 12%. Se o preço de referência hoje é de R$ 5,2662 por kg, o peso do imposto estadual chega a R$ 0,63. Como o botijão tem 13 kg, o ICMS total é de R$ 8,21 por unidade.

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