Com cenário nacional já polarizado, candidaturas ao Governo são incertas em MS
Necessidade de renúncia e espera por janela partidária são entraves para decisões antecipadas
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Enquanto a polarização vivida em 2018 na corrida presidencial já começa a se repetir para 2022, em Mato Grosso do Sul o cenário ainda é incerto. Embora decisões mais acertadas costumem sair a partir do mês de março do ano eleitoral, troca de partido e eventual renúncia no Estado, por exemplo, são questões que barram ainda mais definições antecipadas.
Portanto, o que se tem agora são nomes citados por lideranças e, somente em alguns casos, pelos próprios, que já circulam em busca de apoio após reuniões que consolidaram pré-candidaturas. Não é o caso do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). Ele é citado como candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul por lideranças do partido, mas precisará renunciar ao cargo, se decidir disputar o governo estadual.
Eleito para o segundo mandato como prefeito em 2020, Marquinhos terá de tomar ‘decisão solitária’, avaliam os membros do PSD. A definição, segundo o prefeito, deve sair em março (data máxima) do próximo ano. Até lá, disse anteriormente, vai analisar a possibilidade.
No próximo ano, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) termina o segundo mandato e tenta lançar candidato a sucessor, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Dentro do ninho tucano, é tido como certa a indicação dele para postulante da sigla.
Outro nome que é citado por vários partidos, é o da deputada Rose Modesto, atualmente no PSDB. O Podemos fez convenção, que teve a participação dela, em agosto deste ano, e chegou a lançá-la como pré-candidata ao Governo do Estado. O PP é outra legenda de olho na filiação de Rose.
A deputada, no entanto, evita confirmar qualquer rumo partidário, dizendo que tomará uma decisão só a partir de março. Ela precisa aguardar a janela partidária, mecanismo da Justiça Eleitoral que permite a mudança de legendas.
Sem mandatos, a decisão quanto à possível candidatura ao Executivo estadual é mais fácil — no que diz respeito à renúncia e mudança de partido, que, neste caso, não são necessárias — para os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (MDB).
O petista esteve com o ex-presidente Lula, em São Paulo, e o deputado federal Vander Loubet, para discutir 2022, se colocando como pré-candidato. Já o emedebista, além de ser colocado pelas lideranças internas como nome, teria afirmado que tentará chegar ao comando do Estado novamente, em 2022.
Independentemente das barreiras para confirmações, as definições costumam ser mais certeiras no ano eleitoral.
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