A partir de agora, o DEM de deve começar a se reunir para definir como o partido caminhará nas eleições de 2022, afirmou o vereador de Campo Grande Professor Riverton. Além dele, Sílvio Pitu compõe a bancada da sigla, que tem como maior liderança a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Nos bastidores, comenta-se que a titular pode deixar o DEM, caso o partido decida não apoiar a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo ano. Segundo o vereador, no entanto, a intenção dela seria continuar na agremiação partidária. Em ocasião anterior, o senador (PSD) disse que se o atual partido da ministra não apoiar Jair, ela deixaria a legenda.

“Ela tem um carinho especial pelo DEM, foi eleita deputada pelo partido, intenção é continuar, tem só que saber o posicionamento nacional. Uma coisa é certa, Tereza vai seguir com o presidente Bolsonaro”. 

Assim como se percebe a nível nacional, em que alguns integrantes da legenda romperam apoio ao atual mandatário do País — inclusive, há negociação para fusão entre o PSL e DEM, que escreveram nota em conjunto repudiando as falas de Bolsonaro em 7 de setembro —, a situação no Estado é semelhante.

Em MS, DEM tem o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta como um dos nomes que pode entrar na disputa para presidente, no ano que vem, e que tem declarado contra posturas do chefe do Executivo federal. Após divergências com o presidente sobre a condução da pandemia, em abril de 2020, o ex-titular foi demitido do cargo.

Indefinido

Dentro da legenda, nada está definido. O parlamentar de Campo Grande cita outras lideranças, como os deputados estaduais e Zé Teixeira, além do vice-governador de MS, Murilo Zauith, que se recupera de sequelas da Covid-19. “Vamos começar a nos reunir para poder organizar a questão do DEM a nível estadual e municipal”.

Ele, no entanto, arrisca dizer que o partido deve ‘caminhar numa linha só' no Estado e que aguardará a ‘líder maior, que é a Tereza Cristina'. Apesar disso, o vereador afirma que, se o prefeito Marquinhos Trad (PSD) decidir disputar o Governo de Mato Grosso do Sul, o apoiará — independentemente do posicionamento de partido.