O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a desafiar os governadores para zerar o da gasolina, em live feita na noite da última quinta-feira (26). Em fevereiro do ano passado, o presidente fez esse desafio aos chefes de estados. 

Com preços do combustível em passando dos R$ 6,43 conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo), na noite de ontem o presidente jogou indireta aos governadores, conforme o R7. Na live, Bolsonaro mostrou uma manchete de jornal que afirmava que ele teria dito que a gasolina está barata e se explicou. “O que eu falei é que, na refinaria, a gasolina está barata.”

O presidente aproveitou o tema para falar do ICMS. O imposto virou uma estratégia para tentar responsabilizar os estados e o pelo preço do combustível no posto e do gás de cozinha. “O imposto federal é R$ 0,74, mas no fim da linha chega a quase R$ 7. Aí tem o frete, a margem de lucro dos postos e o grande mistério que é o ICMS, um percentual que os governadores cobram em cima do preço final da bomba.  E não na origem”, disse.

Ele também falou sobre o valor do gás de cozinha e, novamente, jogou a conta da alta no produto no colo dos governadores. Bolsonaro cobrou para zerar o ICMS para que, posteriormente, seja possível a população comprar o produto sem passar por atravessadores.

“A mesma coisa tenho falado do gás de cozinha. Arredondando pra cima, um botijão custa R$ 50. Na ponta da linha, está chegando a R$ 130. Eu zerei os impostos federais para o gás de cozinha. O que pesa aí? ICMS, que é imposto estadual, o frete, e a margem de lucro da ponta da linha. Eu comentei com um governador e fiz uma proposta para ver se é possível zerar o ICMS. Toda vez que tem renúncia de receita, tem que apresentar uma fonte alternativa. Como fiz no PIS/Cofins no gás de cozinha. Se ele conseguir, vamos entrar em uma outra briga, propor a venda direta”, afirmou.

Bolsonaro disse que tem sido criticado por “alguns poucos governadores” pelo preço do gás. “Está caro. Mas não me critique. Eu zerei o imposto do gás de cozinha. E você, governador, está cobrando ICMS. Exatamente, quem usa o botijão é o mais pobre. Vamos zerar o ICMS?  O parlamento vai nos apoiar, com certeza”, concluiu o presidente.