Senador do PT levanta suspeita de envolvimento de Bolsonaro na morte de Bebianno

O senador Humberto Costa (PE-PT) levantou suspeita de envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na morte do ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno, em sua conta no Twitter. Na tarde deste sábado (14), o petista publicou um vídeo em que Bebiano sugere que Bolsonaro, através de seus “amigos na polícia”, estaria tentando intimidá-lo, na esteira […]

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O senador Humberto Costa (PE-PT) levantou suspeita de envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na morte do ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno, em sua conta no Twitter. Na tarde deste sábado (14), o petista publicou um vídeo em que Bebiano sugere que Bolsonaro, através de seus “amigos na polícia”, estaria tentando intimidá-lo, na esteira de seu desligamento do governo.

Ex-braço direito de Bolsonaro, Gustavo Bebianno revelou que temia pela própria vida e deixou material contando tudo o que sabia até no exterior. O Brasil precisa saber a verdade!”, diz o tuíte de Costa que acompanha o vídeo. As imagens mostram uma entrevista que Bebianno concedeu a Rádio Jovem Pan, de São Paulo, em que ele diz se sentir ameaçado pelo presidente.

“A irresponsabilidade do presidente… o egoísmo dele são impressionantes”, desabafa Bebianno. “Ele acha que só ele tem filhos… só os filhos dele merecem proteção… eu tenho filhos também”, acrescenta. “O presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa que tem muitos laços com policiais no Rio de Janeiro… policiais bons e ruins… e eu me sinto, sim, vulnerável e sobre risco constante”, revela.

 

Ao ser questionado sobre se tomou alguma medida para se proteger, Bebianno afirmou que distribuiu material revelador disposto em quatro fitas a pessoas dentro e fora do Brasil.

De acordo com o Estado de S.Paulo, o presidente estadual do PSDB do Rio, Paulo Marinho – que está em Teresópolis para o velório de Bebianno – revelou hoje que o ex-secretário de Bolsonaro trabalhava num livro sobre os bastidores da campanha presidencial de 2018 pouco antes de falecer, na madrugada deste sábado.

Ex-coordenador da campanha eleitoral de Bolsonaro, Bebianno se desligou do governo semanas depois da posse do presidente. À época, o ex-secretário trocou farpas com o filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), a quem julgava intimidador.

Em entrevista concedida também à JP em fevereiro do ano passado, Bebianno afirmou: “Carlos tem um nível de agressividade acima do normal. No Rio de Janeiro, ele é conhecido como ‘o destruidor de reputações’. Se você ouvir os próprios membros do PSL no Rio de Janeiro, muitas pessoas foram atacadas de forma muito forte, veemente e sem nenhum motivo, pelo Carlos”, disse.

Na entrevista publicada hoje por Humberto Costa, Bebianno descreve o que teria interpretado como uma ameaça de morte partida do próprio presidente Bolsonaro. “Uma vez o presidente Jair Bolsonaro disse que eu voltaria para as minhas origens… a verdadeira origem de todos nós é o cemitério… só muda a data. Então, morrer, pra mim, faz parte da vida. Eu não tenho nenhum problema com relação a isso. Então, se ele acha que eu tenho medo dele, ele está muito enganado”.

Na esteira da morte que teria sido causada por um infarto fulminante, várias autoridades manifestaram pesar, em suas redes sociais, e prestaram solidariedade à família de Bebianno, incluindo o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB-RS) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Até o fechamento desta matéria, o presidente Bolsonaro não havia se manifestado sobre o falecimento.

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