Preso na manhã desta quinta-feira (12) pela Polícia Federal, o deputado federal Loester Trutis (PSL) foi levado da superintendência da PF para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), nesta tarde. O Jornal Midiamax apurou que o deputado será encaminhado ao Presídio Militar de Campo Grande, onde permanecerá detido.
No Imol, Trutis foi submetido a exame de corpo de delito, procedimento padrão antes de encaminhamento para presídios. Antes de se levado ao instituto, o deputado prestou depoimento à PF até por volta das 15 horas desta quinta. Agora, Trutis ficará em cela do Presídio Militar de Campo Grande em razão de possuir foto privilegiado.
Autorização para encaminhamento do deputado ao presídio localizado no Jardim Noroeste, na Capital, saiu nesta tarde, após decisão judicial.
Alvo da operação Tracker, autorizada pela ministra Rosa Weber do STF (Supremo Tribunal Federal), Trutis teve mandado de busca e apreensão cumprido nesta manhã. A operação faz parte de investigação de suposto atentado sofrido pelo deputado no dia 16 de fevereiro, na BR-060 em Campo Grande. A suspeita é que o deputado tenha forjado o atentado, disparando tiros de dentro do próprio veículo.
No cumprimento dos mandados desta manhã, Trutis acabou preso por porte ilegal de arma de fogo. Fonte ouvida pela reportagem afirma que a arma do deputado foi apreendida para passar por perícia. Os policiais trabalham com a tese de que os disparos partiram de dentro do carro de Trutis. Portanto, a vistoria no armamento será para descobrir se foi usado no dia do suposto atentado.
Mais cedo, a PF afirmou que cumpriria 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), dos quais, nove são em Mato Grosso do Sul e um cumprido em Brasília. Ao todo, participam da ação 50 policiais federais.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o gabinete de Trutis de Brasília, que informou que um assessor do parlamentar em Campo Grande atenderia a imprensa, mas nenhuma ligação foi atendida até a publicação desta matéria. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do deputado.
Em nota, a executiva nacional do PSL informou que “não vai se pronunciar porque este caso não tem relação com a atividade parlamentar ou partidária do deputado Loester Carlos”.