Na pandemia, candidatos usam internet, mas não abrem mão de reunião e contato com população
Em um cenário de pandemia, mesmo que um pouco mais tarde, o período eleitoral acontece com restrições. Mas, a dúvida é se há muita diferença no comportamento dos candidatos a prefeito de Campo Grande, em campanha desde o dia 27. O distanciamento social ainda é necessário para a saúde da população, segundo recomendado por autoridades […]
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Em um cenário de pandemia, mesmo que um pouco mais tarde, o período eleitoral acontece com restrições. Mas, a dúvida é se há muita diferença no comportamento dos candidatos a prefeito de Campo Grande, em campanha desde o dia 27.
O distanciamento social ainda é necessário para a saúde da população, segundo recomendado por autoridades de saúde. Ainda assim, os candidatos parecem não terem aberto mão do contato físico. Em suas redes sociais, eles expõem reuniões com várias pessoas e até mesmo momentos de aglomerações.
Importante ressaltar que há autorizações para determinados tipos de encontro.
A redação entrou em contato com todos os candidatos para entender como está sendo o período e os impactos do cenário tão inusitado para todo o mundo. Nem todos responderam até o momento da publicação.
O candidato Dagoberto Nogueira (PDT) explicou que, com certeza, é um cenário bem mais complexo, e que gostaria de manter contato físico. Mas, sabendo de todo o contexto, está se adaptando c lives e ações dentro das normativas de saúde, esclareceu o candidato.
João Henrique Catan (PL), contou que, assim como em sua campanha (antes da pandemia), quando foi eleito deputado estadual, está se encontrando com apoiadores, visitando comércio, bairros. Porém, está seguindo todos protocolos de biossegurança. “Os novos tempos exigem adaptação, criatividade e coragem. E vamos em frente, sempre respeitando as regras de contato com a população.”
O candidato do PP, Esacheu Nascimento, afirmou que as pessoas estão intimidadas. “A TV e os Gestores Públicos fizeram verdadeiro terrorismo na cabeça de todo. Mas apesar de tudo, reunimos mesmo durante a pandemia, com medidas de biossegurança.” Ele diz que a população demonstra querer ouvir propostas de mudanças administrativas de Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax, Vinicius Siqueira, do PSL, explica que a campanha só começará neste domingo (11) – a situação dele é diferente, porque a candidatura do partido (com Loester Trutis então candidato) foi judicializada. Ele pretende usar plataformas virtuais, para não colocar a população em risco, mas seguir em campanha.
Márcio Fernandes, do MDB, conta que a dificuldade em chegar ao eleitor está maior por conta dos encontros que diminuíram muito. “Isso dificulta o conhecimento do candidato e das suas propostas.”
Candidato do Solidariedade, Marcelo Miglioli diz que a pandemia mudou muito as eleições nesse ano, por ter afetado diversas áreas. Porém, ele considera que a partir das eleições, o candidato consegue mostrar um pouco da sua gestão. Com isso tenta ao máximo inovar e criar alternativas, com as live nas redes sociais.
O promotor Harfouche (Avante) alega que sua maior dificuldade, durante a campanha, não é a pandemia, mas sim concorrer com políticos conseguiram um tempo muito maior para expor suas propostas. “Estamos fazendo de tudo o que podemos para divulgar a candidatura, seguindo todas as normas de biossegurança. Estamos fazendo nossa parte com muita responsabilidade.”
Pedro Kemp, candidato do PT, fala que a pandemia o obrigou a mudar de estratégia na campanha. “Estamos apostando mais nas redes sociais, reuniões virtuais, nos programas de rádio e tv.”
Para o candidato Marcelo Bluma, do PV, a pandemia apenas acelerou uma grande tendência que as redes sociais tinham de ser o ponto alto da campanha. Mesmo com todos os problemas que a pandemia trouxe, ele não vê a forma que a campanha foi afetada de forma negativa. Ressaltou que é um momento em que os candidatos precisam debater suas ideias, para que seja algo positivo para a cidade.
A candidata, Delegada Sidneia, do Pode, entende que a pandemia atrapalha, mas deveria ser igual para todo mundo, afirma que a campanha precisa ser mais transparente e devem seguir todas as medidas obrigatórias dos decretos municipais. “Mas o trabalho ficou dez vezes maior, pois há muitas limitações e não podemos juntar muitas pessoas em um mesmo local.”
Guto Scarpantini, do partido Novo, ressalta que está mais difícil para os que seguem as regras de biossegurança, pois muitos candidatos estão causando aglomerações em várias ocasiões. Mas para superar a dificuldade, estão realizando gravações em estúdio com equipe reduzida, realizando reuniões com poucas pessoas, seguindo todas as medidas de biossegurança.
O atual prefeito e candidato a reeleição, Marquinhos Trad (PSD), considera que está diferente, mas não atrapalhou. “Todavia, Se é pra cumprir exigências que preservem a vida e a saúde das pessoas, não é estorvo, mas questão de adaptação.”
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