Duas entre 29, vereadoras buscam ampliar espaço e evitar serem ‘escada’ nas eleições

Minoria em uma Câmara Municipal com 27 homens, as vereadoras Cida Amaral (Pros) e Dharleng Campos (PP) relacionam o reduzido número ao descrédito da política e o fato de as mulheres terem sido usadas como ‘escada’ para eleição de homens. O cenário é ainda pior na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde não […]

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Enfermeira Cida durante sesssão na Câmara de Vereadores em Campo Grande. (Foto: Kayron Rodrigues/Assessoria)
Enfermeira Cida durante sesssão na Câmara de Vereadores em Campo Grande. (Foto: Kayron Rodrigues/Assessoria)

Minoria em uma Câmara Municipal com 27 homens, as vereadoras Cida Amaral (Pros) e Dharleng Campos (PP) relacionam o reduzido número ao descrédito da política e o fato de as mulheres terem sido usadas como ‘escada’ para eleição de homens. O cenário é ainda pior na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde não existe bancada feminina. São 24 homens naquela Casa de Leis.

Duas entre 29, vereadoras buscam ampliar espaço e evitar serem 'escada' nas eleições
Vereadora Dharleng Campos, durante sessão na Câmara Municipal. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG, Arquivo).

Para mudar o quadro, Dharleng afirma que fomenta dentro do partido a participação de mulheres, convidando lideranças que se destacam com projetos dentro da sociedade. “A política não é algo que apetece ninguém, a gente vive num mundo com carga enorme de corrução e de desvalorização das mulheres”, lembra.

O ‘combo’, segundo a parlamentar, afasta mulheres da vida política, ainda muito permeada pela prática de partidos lançarem candidaturas femininas apenas para preencher o percentual exigido em legislação eleitoral, que é de 30%. Em muitos casos, a chapa feminina é composta apenas para cumprir o item, sem que as candidaturas tenham de fato chances de vencer o pleito eleitoral.

Cida Amaral diz que as mulheres “têm um potencial muito grande” e é necessário fomentar cada vez mais quadros femininos na política. “A gente tem que ter 30% do sexo feminino, mas não basta ter 30% só para compor chapas, precisa ter efetivamente para ocupar espaços de poderes e de decisão”.

A parlamentar fala em igualdade, “nada mais, nada menos do que está na Constituição”. Apesar do atual cenário, Cida comemora que há mais mulheres discutindo política, hoje em dia. “Eu não quero morrer falando em cotinhas, eu quero igualdade. Quando a gente fala de cota não quer dizer que precisa ser só 30% mulheres, poderiam ter 70%”.

Com mudança na legislação no que se refere ao fim das coligações neste ano, cada uma das legendas partidárias terão de apresentar 30% de candidatas. Antes, a coligação, composta de vários partidos, indicada em conjunto o percentual.

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