Com cargo na Funarte, ex-assessor de Bolsonaro fez campanha eleitoral em MS

Luciano Querido, visto por mais de dois anos como uma ameaça à família Bolsonaro, ganhou cargo neste mês como presidente substituto da Funarte após se reaproximar do clã presidencial. De acordo com agências, o webdesigner e bacharel em Direito veio para Mato Grosso do Sul no início de 2017, quando propôs a Bolsonaro mapear possíveis candidatos […]

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Luciano Querido, visto por mais de dois anos como uma ameaça à família Bolsonaro, ganhou cargo neste mês como presidente substituto da Funarte após se reaproximar do clã presidencial.

De acordo com agências, o webdesigner e bacharel em Direito veio para Mato Grosso do Sul no início de 2017, quando propôs a Bolsonaro mapear possíveis candidatos para a eleição do ano seguinte, apesar de estar a 1.400 km da Câmara carioca onde estava lotado.

Em Mato Grosso do Sul, participou de encontros com apoiadores se apresentando como o responsável pela estruturação da candidatura de Bolsonaro no estado, além da montagem de uma chapa para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado.

Segundo entrevista do delegado Cleverson Alves dos Santos à Folha de S. Paulo, Luciano disse que Bolsonaro estava estruturando a campanha no estado e buscava nomes de conduta ilibada. De acordo com o delegado, Luciano incluía em seu currículo a administração de grupos e das páginas de Bolsonaro nas redes sociais destinada aos eleitores do estado.

A movimentação do ex-assessor de Carlos incomodou alguns dos políticos locais que também tinham proximidade com Bolsonaro. Em outubro daquele ano, chegou aos ouvidos do presidente que o ex-assessor estava pedindo dinheiro para sua pré-campanha. O presidente gravou um vídeo desautorizando a prática.

“Há poucos dias passou por aí um elemento de nome Luciano usando do meu nome. Pediu dinheiro para muitos de vocês para financiar sua viagem, bem como material de campanha. Deixo bem claro: essa não é a forma de captar recursos. Fere a lei eleitoral e eu jamais autorizaria alguém a fazer isso”, afirmou Bolsonaro em vídeo distribuído aos seus eleitores de Campo Grande em outubro de 2017.

Luciano retornou ao Rio de Janeiro apenas para ser demitido, em 1º de dezembro de 2017. Ele voltou em seguida a Mato Grosso do Sul para trabalhar na campanha derrotada de Cleverson. Em 2019, foi morar em sua cidade natal, Araruama (RJ), onde abriu uma empresa de marketing digital.

Nomeado neste mês, Luciano vai atuar no órgão responsável por políticas públicas para estimular a arte no país após atuar por 13 anos como funcionário do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), onde participou dos primeiros passos da família no mundo digital.

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