O capataz Adelio Mendoza, 21anos, que foi sequestrado junto com o ex-vice-presidente , o jovem sequestrado na última quarta-feira junto com o ex-vice-presidente do Paraguai,  Óscar Denis, de 74 anos foi libertado na tarde desta segunda-feira (14). Ele estava em poder do EPP (Exército do Povo Paraguai).

Depois de cinco dias em cativeiro,  Adélio foi solto em uma estrada local, próximo à fazenda Tranquerita , o que indica que ele  não estava longe do local do sequestro, no Departamento de Concepcion, em Bella Vista Norte,  na com Mato Grosso do Sul.

Mendoza, membro da comunidade indígena Pãi Tavyterã, acompanhava Denis quando eles foram interceptados pelo grupo de criminosos em uma estrada interna da fazenda Tranquerita.

Sua libertação já havia sido antecipada na última sexta-feira pela família do ex-vice-presidente, conforme anunciado no panfleto deixado pelo grupo criminoso junto com suas reivindicações.

Em um vídeo que mostra as primeiras imagens de Adelio após chegar em sua comunidade, ele é visto vestindo uma camisa azul claro, que então tira. Entre soluços e gestos de afeto de familiares.

Ainda abalado, o indígena não quis falar com a imprensa. Aparentemente Adélio não apresentou nenhum ferimento ou sinais de que tenha sofrido tortura durante o período em que esteve sequestrado após os recentes confrontos envolvendo o EPP e a FTC (Força Tarefa Conjunta) e que resultou na morte de duas meninas de 11 anos que são filhas de guerrilheiros.

A expectativa é que Adélio tenha alguma mensagem do EPP para levar à família do político liberal, que reivindica um canal de comunicação com os sequestradores. Durante a noite, parte da equipe de promotoria designada para o caso reuniu-se com o libertado, aguardando-se notícias sobre eventuais pistas sobre o ex-vice-presidente.

Óscar Denis continua nas mãos dos guerrilheiros, que utiliza seu sequestro como  instrumento de negociação com o Governo do Paraguai. Uma das exigências é a libertação dos dirigentes do EPP Carmen Villalba e Alcides Oviedo, em estão presos, mas que até o momento não foi cumprida pelas autoridades paraguaias.