Câmara questiona demissão de 200 trabalhadores e cobra explicação da Solurb

A demissão de 200 trabalhadores da Solurb, concessionária do serviço de limpeza e coleta de lixo em Campo Grande, levantou questionamentos de vereadores sobre a decisão, mas também quanto ao contrato milionário. Segundo a empresa, as demissões teriam sido causadas pela diminuição de demanda dos serviços solicitados pela Prefeitura de Campo Grande durante a pandemia. […]

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A demissão de 200 trabalhadores da Solurb, concessionária do serviço de limpeza e coleta de lixo em Campo Grande, levantou questionamentos de vereadores sobre a decisão, mas também quanto ao contrato milionário.

Segundo a empresa, as demissões teriam sido causadas pela diminuição de demanda dos serviços solicitados pela Prefeitura de Campo Grande durante a pandemia.

Requerimento, apresentado pelo vereador Valdir Gomes (PSD) nesta quinta-feira (23), convocando a empresa para explicar critérios usados para dispensa de funcionários, foi aprovado por 24 votos a favor e nenhum contrário na sessão de hoje.

Na avaliação do vereador pastor Jeremias Flores (Avante), há pontos sem justificativas na decisão da empresa. “A Solurb não sofre concorrência, ela é única na Capital, e possui contrato milionário com o município. Apesar dos comércios fechados, residências continuam produzindo”.

Ayrton Araújo (PT) chegou a falar em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o assunto, caso as demissões não sejam revistas. “Empresas do tamanho desta, que cuida da nossa cidade, mandar embora 200 trabalhadores. Isso se chama oportunismo. Esse contrato tem de ser revisto”.

“Eu queria que nós, como vereadores, fazer a fiscalização. Se a Prefeitura de Campo Grande vai diminuir o repasse. Garanto que a empresa não vão pedir menor repasse, porque está diminuindo os trabalhadores e serviços. Absurdo essa prática que a empresa está adotando”, completou Junior Longo (PSDB).

Quem também defende a fiscalização no contrato é o vereador André Salineiro (Avante), que citou a demissão em massa “sem contrarrazão do poder público”. “Autorizei meu jurídico a fazer diversas indagações a empresas, solucionar algumas dúvidas, para tomarmos as medidas necessárias”.

Autor do documento, Valdir Gomes afirma que muitos trabalhadores o procurou reclamando da situação. “São pessoas idosas, sem qualificação, com 8, 10 anos de casa, porque não demitiu quem entrou agora. Não podemos nos omitir neste momento”.

Devido a pandemia do coronavírus, estes e outros serviços realizados pela empresa foram afetados. A coleta seletiva, por exemplo, foi suspensa por tempo indeterminado e o número de saídas dos caminhões da garagem da Solurb está reduzido a quatro horários, o que pode causar atrasos na coleta do lixo.

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