Eleições 2020: Réus por lavagem de dinheiro lideram investimentos para eleger políticos em MS
Entre os 100 maiores doadores às campanhas eleitorais de 2020 no Brasil, quatro nomes de Mato Grosso do Sul aparecem na lista. Os dois maiores são réus na Operação Lama Asfáltica, os empresários Antônio Celso Cortez e João Roberto Baird, ambos investigados por lavagem de dinheiro e corrupção. Eles são suspeitos de terem conseguido contratos […]
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Entre os 100 maiores doadores às campanhas eleitorais de 2020 no Brasil, quatro nomes de Mato Grosso do Sul aparecem na lista. Os dois maiores são réus na Operação Lama Asfáltica, os empresários Antônio Celso Cortez e João Roberto Baird, ambos investigados por lavagem de dinheiro e corrupção. Eles são suspeitos de terem conseguido contratos milionários no Estado justamente por financiar campanhas antes dos políticos terem sido eleitos.
Outros dois não estão envolvidos em escândalos e são políticos no Estado. No total, foram repassados R$ 1,2 milhão a 48 campanhas de candidatos a prefeito e vereador em municípios do interior. Os dados constam no sistema DivulgaCand Contas (Divulgação de Candidaturas e Contas), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na 19ª colocação no Brasil está Antonio Celso Cortez, proprietário da empresa PSG Tecnologia Aplicada. No total, foram R$ 680 mil a 36 postulantes. Ele também é investigado no âmbito da Operação Vostok.
O maior beneficiado é o prefeito reeleito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), com R$ 100 mil. No meio da campanha foi um dos alvos da Operação Offset, da PF (Polícia Federal).
Reeleito em Dourados, o vereador Sérgio Nogueira (PSDB) recebeu R$ 35 mil. Olavo Sul (MDB) foi beneficiado com R$ 20 mil.
Sócio de Cortez, o empresário João Roberto Baird doou R$ 615 mil para 16 campanhas do Estado, sendo o 24º maior doador do Brasil. Baird também foi implicado na Vostok.
Eleito prefeito de Costa Rica, Delegado Cleverson (PP) recebeu R$ 150 mil. Único candidato a prefeito de Alcinópolis, Dalmy Crisóstomo (DEM) foi beneficiado com R$ 50 mil. Já Edilson Magro (DEM), vencedor em Coxim, teve doação de R$ 20 mil.
Derrotados em Campo Grande, os vereadores Cida Amaral (PSDB) e Cazuza (PP) receberam R$ 100 mil e R$ 50 mil, respectivamente. Também fora da Câmara em 2021, Eduardo Romero (Rede) recebeu outros R$ 50 mil. Por outro lado, Papy (Solidariedade) foi reeleito, tendo recebido R$ 50 mil.
Políticos
O deputado estadual Londres Machado (PSD) foi o 79º maior doador do País, com R$ 265,7 mil. A maior doação foi de R$ 30 mil para Professor Marcos (PSDB), derrotado na disputa pela prefeitura de Glória de Dourados.
Em segundo, a campanha da esposa do parlamentar recebeu R$ 20,7 mil. Ilda Machado (PSD) conquistou o quarto mandato para a prefeitura de Fátima do Sul.
Eleito em Juti, Gilson Cruz (PSD) foi beneficiado com R$ 20 mil. O mesmo valor foi doado a Juliano Ferro (DEM), novo prefeito de Ivinhema.
O atual prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB), doou R$ 230,9 mil, o que o coloca na 95ª posição do ranking. Seu candidato à sucessão municipal, Leandro Bortolazzi (MDB) recebeu o maior montante, R$ 162,2 mil, mas não foi eleito.
Waldeli ainda repassou R$ 16,5 mil para o diretório municipal da legenda. O restante das doações foram para candidatos a vereador.
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