Apoiadores de Bolsonaro fazem ato na Esplanada dos Ministérios e chamam Moro de ‘Judas’
Centenas de manifestantes foram às ruas de Brasília neste domingo (26) em carreta de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, dois dias depois de Sergio Moro deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública e realizar ataques contra o chefe do Executivo federal. A manifestação ocupou quatro faixas do acesso à Esplanada dos Ministérios, partindo da […]
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Centenas de manifestantes foram às ruas de Brasília neste domingo (26) em carreta de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, dois dias depois de Sergio Moro deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública e realizar ataques contra o chefe do Executivo federal. A manifestação ocupou quatro faixas do acesso à Esplanada dos Ministérios, partindo da rodoviária do Plano Piloto e chegando ao Congresso.
Moro foi tratado como “Judas” pelos manifestantes, que também pediram a saída de Rodrigo Maia (DEM-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. Os manifestantes usavam bandeiras do Brasil, camisas verde e amarelo e ostentavam faixas com os dizeres “Fechado com Bolsonaro” –a hashtag que a militância virtual pró-presidente levantou na sexta-feira (24) após o pronunciamento de Moro e a fala de Bolsonaro, em resposta ao agora ex-aliado.
As falas de Bolsonaro na sexta-feira foram lembradas, também, por questionamentos de integrantes do movimento, segundo o portal Metrópoles. Muitos deles questionavam: “Quem mandou matar o presidente?”, alusão à queixa de Bolsonaro de que a Polícia Federal não havia desvendado quem teria financiado Adélio Bispo, que na campanha eleitoral de 2018 esfaqueou o presidente –as apurações até aqui apontaram que Adélio atuou sozinho, porém, Bolsonaro questionou quem teria pago a banca de advogados que atuou em favor do suspeito, considerado inimputável pela Justiça por ter transtornos mentais.
Em frente ao Congresso, os manifestantes estenderam uma faixa com os dizeres “O povo brasileiro apoia Bolsonaro”. Eles se concentraram na Praça dos Três Poderes, afirmando fazer ali um “acampamento patriota”. Houve aglomeração de pessoas, sendo que muitos deles usavam máscaras para tentar se proteger contra o novo coronavírus (Covid-19).
Também houve movimentações em outras cidades do país, em resposta às afirmações de Moro, que deixou o cargo alegando não aceitar interferência política na Polícia Federal após a exoneração de Maurício Valeixo do cargo. O ex-ministro afirmou que Bolsonaro desejava no posto alguém que pudesse lhe passar informações sigilosas de investigações, bem como afirmou que a promessa de que não haveria ingerência na formação das equipes de trabalho.
Ainda na sexta-feira, ao lado de todo o seu ministério, Bolsonaro reclamou de Moro, afirmando que o ex-ministro agia por interesses próprios e teria aceitado trocar Valeixo se fosse nomeado para vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) –algo que Moro, depois, negou, dizendo que se fosse esse o objetivo, teria permanecido no cargo, mostrando prints de conversas com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que prometera gestões junto a Bolsonaro para garantir ao então ministro a vaga no Supremo.
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