Os vereadores de Campo Grande informaram ter encaminhado um ofício nesta terça-feira (26) ao Conselho Municipal de Saúde, (Secretaria Municipal de Saúde) e à Prefeitura solicitando esclarecimentos sobre um déficit de R$ 543.009.940,85 apontado em denúncia feita por uma empresária e protocolada na Casa na semana passada. Segundo o documento, o balanço patrimonial apresentado pelo Fundo Municipal de Saúde contém irregularidades.

O vereador Lívio (PSDB) explica que de fato há inconsistência nas explicações da Sesau. “Houve a prestação de contas aqui da Sesau no dia 28. E depois foi publicado pela própria Prefeitura uma nota explicativa que não condiz como que foi apresentado aqui. Há indícios de alguma irregularidade”, diz.

Os vereadores pedem explicação sobre a diferença apontada, que ultrapassa meio bilhão de reais. Lívio também explica ter solicitado um auditor especialista em contas da Saúde do TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual) para ajuda-los a avaliar a nota técnica divulgada.

“O que está escrito na denúncia não é necessariamente a verdade. Porém, o que está publicado no diário oficial é diferente da nota explicativa. O déficit orçamentário publicado lá, na nota explicativa do dia 14 de março, é de mais de R$ 500 milhões. Não tem déficit. Esse déficit que eles publicaram é algo que já sabíamos por impressão, só que nunca foi atestado como foi agora.  É algo sério. Déficit do Fundo Municipal de Saúde”, comentou.

Líder do prefeito na Casa, o vereador Chiquinho Telles (PSD) credita a denúncia protocolada como ‘falácia' por conta da proximidade do ano eleitoral. “Só não vão falar que o Marquinhos é bonito e santo. Tem gente que quer a cidade assim: quanto pior, melhor. Se tiver irregularidade, tenho certeza que Marquinhos seria o primeiro a assumir o erro”, garante.

Chiquinho ainda afirma que se existir alguma irregularidade, que tem que responder por ela é o secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, e não o prefeito. “Quem tem o poder de ordenar despesas é só o secretário de Saúde do município. O Prefeito não ordena despesas do fundo Municipal de Saúde. É ele que tem que responder e o prefeito vai querer que ele responda isso. É gestão plena da Sesau e sempre foi assim. Nesse fundo o prefeito não interfere, não tem poder”, diz.