Os vereadores do PDT em Campo Grande, Odilon Junior e Ademir Santana, foram denunciados à comissão de ética da sigla nesta quinta-feira (5) por não acatarem diretriz da Executiva municipal e se posicionarem contra a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus na Câmara Municipal.
A representação foi protocolada no diretório municipal no início da tarde. “É uma coisa que eu estou fazendo, porém é uma vontade de todo o diretório municipal”, afirma o autor do pedido, Jonathan Malaquias, que é professor e integrante da executiva municipal.
“A nossa deliberação não foi aceita pelos vereadores, então hoje eu entrei com essa representação para que comissão de ética apure os fatos e puna os vereadores conforme o estatuto do partido, pelo não atendimento da decisão partidária”, lembrou. Foram propostas duas CPIs, a primeira para investigar a má prestação dos serviços oferecidos pelo Consórcio Guaicurus em Campo Grande e a outra para apurar possíveis irregularidades na licitação vencida pela empresa e que a definiu como a responsável pelo transporte público coletivo na Capital.
Além da comissão de ética, o documento também será direcionado ao presidente municipal do PDT, Yves Drosghic. “O mandato não é deles, é do partido e eles precisam trabalhar a favor do povo e não por interesses alheios”, completou Jonathan. “Que encaminhe pra comissão de ética e ela siga o estatuto”, disse, informando que caberá à comissão ‘adotar as medidas cabíveis’ que vão de advertência pública até expulsão. “Se fosse eu da comissão de ética votaria pela expulsão de ambos os parlamentares”, alfinetou.
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com os vereadores Odilon Júnior e Ademir Santana, mas ambos informaram ainda não terem sido notificados da decisão e que só poderão se manifestar posteriormente.
Imbróglio
O pedido é mais um capítulo do imbróglio entre a direção do PDT sul-mato-grossense com os filiados que conseguiram nas duas últimas eleições cadeiras na Câmara Municipal de Campo Grande e na Assembleia Legislativa – nesse último caso, o deputado estadual Jamilson Name, que afirma esperar até outubro resposta do TRE para deixar a sigla.