Vereadores decidem instaurar comissão processante contra ex-líder de prefeita

O vereador Junior Rodrigues (PR), de Dourados, distante 233 km de Campo Grande, vai passar por processo de comissão processante, que pode resultar em sua cassação, por irregularidades em contrato da prefeitura com uma lavanderia. Por unanimidade, os políticos da Casa de Leis douradense, decidiram pela abertura da comissão, agora, contra ex-líder da prefeita Délia […]

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Vereador e ex-líder da prefeita Délia Razuk (PR)
Vereador e ex-líder da prefeita Délia Razuk (PR)

O vereador Junior Rodrigues (PR), de Dourados, distante 233 km de Campo Grande, vai passar por processo de comissão processante, que pode resultar em sua cassação, por irregularidades em contrato da prefeitura com uma lavanderia.

Por unanimidade, os políticos da Casa de Leis douradense, decidiram pela abertura da comissão, agora, contra ex-líder da prefeita Délia Razuk (PR).

A decisão dos vereadores aconteceu às 23h40 de ontem (27), de acordo com o Dourados News. A comissão processante foi instaurada depois de uma  denúncia feita pela ex-vereadora Virgínia Magrini, sobre um suposto crime de responsabilidade político administrativo, com base em relatórios da CGU (Controladoria-Geral da União).

Foram 17 votos favoráveis para a abertura da investigação. Com exceções de Junior, impedido de votar e do presidente da Casa, Alan Guedes (DEM), que neste caso só pode se pronunciar em caso de empate, todos os vereadores se posicionaram em aceitar a denúncia.

Na sessão realizada ontem, também foi sorteada a processante que analisará o caso. O presidente será Marcelo Mourão (PRP), tendo como relator do processo, Silas Zanata (Cidadania) e Olavo Sul (Patriota) como membro. Olavo teve pedido de cassação protocolado ontem (27) na Câmara Municipal. Ele será investigado por fraude e falsidade ideológica.

INVESTIGAÇÃO

Na semana passada, o documento protocolado na Casa de Leis apontou para um suposto crime de responsabilidade político-administrativo por parte de Junior.

A ação foi embasada nos relatos recentes da CGU, apontando para uma possível ligação entre o vereador e a empresa Batalinee Gomes Ltda.-ME, com nome fantasia Global Serv Prestadora de Serviços, na prestação de serviços de lavanderia junto a Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

A Controladoria relatou ter “fortes indícios de que exista uma verdadeira troca de favores neste relacionamento entre a atual gestora e seu líder na Câmara até dezembro de 2018”.

Para embasar a denúncia, a CGU cita duas dispensas de licitação [números 88/2017 e 003/2018] e um pregão presencial número 002/2018, segundo informações do Dourados News.

O primeiro caso é sobre o desembolso por parte da Fundação é de R$ 188.184,00, enquanto no segundo, o valor citado é de R$ 138.096,94, ambas em caráter emergencial e utilizando a lavanderia da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) para firmar convênio entre as partes. Já em relação ao pregão, o recurso utilizado é de R$ 153.120,00, todos valores com indícios de superfaturamento.

Ainda segundo a denúncia, apesar dos serviços realizados nesses convênios, meses antes das contratações a direção da penitenciária e a Global já havia firmado compromisso para explorar o trabalho dos internos.

Conforme a Controladoria, se apresentam como integrantes da empresa contratada pela Funsaud, dois ex-servidores lotados no gabinete do parlamentar e outra pessoa que trabalhou na campanha eleitoral de Junior.

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