Vereadora permanece no cargo enquanto recorre de condenação por corrupção
A vereadora de Água Clara Márcia Queiróz Vida recorreu da condenação pela Justiça estadual por corrupção passiva e tráfico de influência e, enquanto o processo estiver em andamento, ela mantém sua cadeira no legislativo do município a 193 km de Campo Grande. Ao Jornal Midiamax, Márcia Queiróz explicou que sua defesa entrou com recurso no […]
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A vereadora de Água Clara Márcia Queiróz Vida recorreu da condenação pela Justiça estadual por corrupção passiva e tráfico de influência e, enquanto o processo estiver em andamento, ela mantém sua cadeira no legislativo do município a 193 km de Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax, Márcia Queiróz explicou que sua defesa entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no último dia 11 de junho. “Essa decisão da perda de mandato, o pedido da condenação de prisão, é tudo após o trânsito em julgado; […] quando não houver mais recursos. Nada se cumpre agora”, esclareceu a vereadora.
Após o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ter denunciado Márcia Queiróz Vida e a sua auxiliar, Inês Oliveira da Silva, a juíza Camila de Melo Figueiredo condenou as rés pela prática dos crimes de corrupção passiva e de tráfico de influência.
Conforme a sentença, Márcia Queiróz foi condenada a pena de 5 anos e 7 meses de reclusão e ao pagamento de 22 dias-multa, bem como a perda do mandato eletivo.
A vereadora afirma que não cometeu os crimes pelos quais foi acusada e condenada em primeira instância, além de dizer que não tem relação com os outras envolvidas.
Caso
Segundo o Ministério Público Estadual, em dezembro de 2017, depois da última sessão da Câmara de Água Clara, a vereadora Márcia Vida se aproximou da parlamentar Gerolina da Silva Alves e perguntou o horário que ela estaria na escola em que trabalha, pois uma pessoa lhe procuraria. No dia seguinte, Inês compareceu ao local dizendo que estava ali a pedido de Márcia.
Em cumplicidade com Inês, Márcia cobrou propina no valor de R$ 80 mil da vereadora Gerolina da Silva Alves, que enfrentava um processo de cassação na Câmara, para que ela votasse contra. A intenção seria influenciar outros dois parlamentares da Câmara para preservar o mandato de Gerolina.
Na época, a vereadora Márcia Vida já havia sido afastada do cargo e presa durante a operação “Voto de Minerva”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). Na ação também foram apreendidos aparelhos celulares e documentos.
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