Em debate realizado quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados, os ministros da Agricultura e da Saúde, e (ambos do DEM-MS), defenderam que os alimentos produzidos no Brasil são seguros e que o registro de defensivos agrícolas passa por rigorosa da avaliação.

Além do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), os defensivos passam pelo crivo do (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Não podemos deixar nossa população em pânico. Não come isso nem aquilo. Tem legislação e é cumprida”, disse Tereza, que completou em seguida. “A população brasileira pode ficar completamente tranquila com o que consome”.

Segundo a ministra, 97% dos produtos vegetais analisados em estudos do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes de 2018 estavam dentro dos limites de resíduos. Os dados completos deverão ser divulgados em novembro.

Já o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou durante a discussão que maioria dos casos de contaminação por defensivos no país ocorre por causa da aplicação de forma incorreta, sem equipamento de proteção. “As pessoas não lavam as mãos e não leem os rótulos”, disse o ministro, citando levantamentos da pasta.

A chefe do Mapa ainda indicou que o processo de registro de defensivos agrícolas permanece o mesmo dos últimos anos e que essa questão deve ser debatida “com base na ciência e não no achismo”, apresentando dados que indicam a evolução da produção nacional graças ao uso de tecnologia, defensivos e pesquisas.

Em 40 anos, a produção agropecuária nacional cresceu 388%, enquanto a área para os cultivos aumentou 33%. Sobre a agricultura tradicional e orgânica, Tereza reforçou que não há oposição entre as duas práticas. “Elas são complementares e não excludentes”.

Os dois ministros, que são sul-mato-grossenses, participaram em Brasília (DF) de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados sobre o registro de defensivos agrícolas.