A senadora (MDB) comentou intenção do senador Renan Calheiros (MDB-AL) em expulsá-la do partido após, segundo ele, a sul-mato-grossense “trair” decisão da legenda em apoiá-lo para presidente do Senado, e ter declarado voto em Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante conturbada sessão na Casa. De acordo com a senadora, caso sua posição signifique expulsão, ela mesma pedirá desfiliação.

Se por ter votado contra Renan Calheiros, ter criado a estrutura para garantir a vitória de Davi Alcolumbre na presidência do Senado significa a expulsão do MDB, não precisam se incomodar, eu serei a primeira a sair”, disse em nota divulgada na noite deste sábado (2).

No texto, Simone afirma ainda não ter disposição para estar em um partido “que tenha apenas democrático ou democracia no nome”, já que segundo ela, “democracia se faz na diferença, não no absoluto”.

“Se o MDB, meu partido, não só renega o passado, fazendo tudo ao contrário do que o passado diz, mas quer fazer dele um partido de poucos, então, não serei eu expulsa, eu é que pedirei para sair, porque não mais encontrarei nele os ideais  de Ulysses Guimarães, de Tancredo Neves, de Pedro Simon, de Ramez Tebet”, afirma.

A sul-mato-grossense declarou apoio a Alcolumbre durante a sessão que o elegeu presidente da Casa neste sábado. Para isso, ela desistiu de candidatura avulsa que havia sido posta no início da reunião. Na ocasião, a senadora afirmou que tomou a decisão para fortalecer a candidatura do democrata.

Depois disso, Renan Calheiros teria pedido aos caciques do partido a expulsão da parlamentar de Mato Grosso do Sul, conforme noticiou o Jornal Folha de S. Paulo.

Simone Tebet disputou o apoio da bancada do MDB com Calheiros na quinta-feira (31) e perdeu por 7 votos a 5. Logo depois do resultado ela afirmou que não se lançaria candidata, mas que trabalharia para a candidatura anti-Renan.