Novo capítulo da briga: Maia diz que Bolsonaro está 'brincando de presidir'
Presidente da Câmara Federal, , deu declaração forte sobre presidente (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Em novo capítulo da briga entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o parlamentar afirmou que o chefe do Executivo nacional está “brincando de presidir” e pediu postura dele.

“Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza; a capacidade de investimento no estado brasileiro diminuindo, 60 mil homicídios, e o presidente brincando de presidir o Brasil. Estamos na hora de parar com esse tipo de brincadeira, está na hora de ele sentar na cadeira dele, do Parlamento sentar aqui e em conjunto resolver os problemas do Brasil”, declarou o presidente da Casa, após ser perguntado sobre comentário de Bolsonaro a respeito dele.

A briga entre Câmara e Palácio do Planalto começou após cobrança do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que Maia agilizasse a votação do pacote anticrime que ele encaminhou em fevereiro. A partir deste momento, ambos os lados deram declarações fortes um sobre o outro.

Desta vez, após pedir ao ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para apaziguar a situação com os deputados, o presidente voltou a fazer declarações que desagradaram a Maia. Em uma delas, disse que o presidente da Câmara teria feito algumas declarações por questões pessoas e emocionais.

Nesta quarta-feira, após ter pedido postura ao presidente, Maia negou que a Câmara vá votar projetos com impacto fiscal (as chamadas “pautas bombas”). Segundo ele, todo projeto que gere aumento de despesa só vai ser votado pela Casa após um amplo diálogo com a equipe econômica.

“Tenho minha posição, sou presidente e da Câmara, mas tenho a responsabilidade dessa função e sem nenhuma dúvida vou continuar onde estive, presidindo a Câmara com responsabilidade fiscal e com o meu País”, disse o presidente da Casa.

Já sobre o pacote anticrime encaminhado por Moro, Rodrigo Maia afirmou que não pretende mais convocar o ministro da Justiça e da Segurança Pública (forma impositiva), mas sim, convidá-lo a comparecer à Câmara para discutir o projeto. “O ministro Moro não tem negado nenhum convite para debate. Se ele tem vindo, por que a gente vai convocar numa comissão que não é nem a comissão ligada a ele? ”. (Com assessoria)