Não me pediu, diz Nelsinho após dizer que Bolsonaro ‘não pode brincar’ ao indicar filho
Presidente da Comissão de Relações Exteriores, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) declarou nesta segunda-feira (22) durante agenda em Campo Grande que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não pediu nada a ele, apesar de ter se encontrado por três vezes com o pai de Eduardo Bolsonaro, possível indicado para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. […]
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Presidente da Comissão de Relações Exteriores, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) declarou nesta segunda-feira (22) durante agenda em Campo Grande que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não pediu nada a ele, apesar de ter se encontrado por três vezes com o pai de Eduardo Bolsonaro, possível indicado para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
A declaração foi feita após a colunista Andrea Sadi informar que Nelsinho teria dito que o governo ‘não pode brincar’ se quiser aprovar o nome do deputado federal para a embaixada. “As coisas vão fluir da mesma forma como sempre fluíram. Estou muito centrado na neutralidade. Até para poder dar legitimidade e transparência ao processo. Não posso nem dar nenhuma tendência senão vai parecer que estou tendenciando de um lado para o outro “, disse na agenda do ministro da Saúde, seu primo, Luiz Henrique Mandetta, em Mato Grosso do Sul.
Nelsinho garantiu que não vai mudar ‘nenhum milímetro’ nas ações em relação a data de sabatina, escolha da relatoria, nem outra ação que possa legitimar o processo. O senador disse já ter pedido pedido de quatro senadores para serem os relatores do processo na Comissão.
Ao blog da jornalista, Trad defendeu que o governo federal enviasse o quanto antes a mensagem presidencial sobre a indicação, de preferência, segundo ele, ainda no recesso parlamentar. Motivo: senadores voltam às suas bases eleitorais nas férias e, a depender da pressão do eleitorado, podem voltar aos trabalhos decididos a não apoiar o desgaste da indicação de Eduardo.
Votação
O presidente da República precisa fazer a mensagem indicando uma pessoa, com carreira diplomática ou não, para ocupar o cargo na embaixada e assinar. A mensagem precisa ser lida em sessão plenária pelo presidente do Senado e é encaminhada para o presidente da Comissão de Relações Exteriores.
Na Comissão, a assessoria técnica escolhe um relator para sabatinar o indicado. Só então a votação vai a plenário. Tanto na Comissão como no plenário do Senado a votação é secreta.
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