Epidemia iminente e mortes por dengue: Prefeitura de Campo Grande decreta emergência
Foto: Daiany Albuquerque

A Prefeitura de irá decretar situação de emergência após registrar 6 mil notificações de somente nos dois primeiros meses deste ano. Com duas mortes possivelmente causadas pela doença e índice de notificações de 294 casos a cada cem mil habitantes, a administração entrou em contato com o Ministério da Saúde para que a portaria de emergência seja validada o mais rápido possível.

“Queremos agilizar o atendimento para a população porque já estamos prevendo um aumento de demanda muito grande”, declarou Marquinhos, em coletiva de imprensa no Paço Municipal, nesta tarde. O decreto terá validade de 180 dias podendo ser prorrogado e é feito para facilitar a compra de insumos e contratação de mais médicos sem burocracia, informou o prefeito.

Para que seja considerada situação de emergência são necessárias 300 notificações a cada cem mil habitantes, número que deve ser alcançado na Capital nos próximos dias. A última epidemia registrada em Campo Grande foi em 2016, quando somente em janeiro e fevereiro houve 19.300 casos da doença. Naquele ano, foram contabilizados 32.964 casos.

Conforme a administração municipal, o vírus que está em circulação é do tipo 2 e já provocou vários casos de dengue hemorrágica nos anos de 2009 e 2010. Por apresentar evolução rápida, com quadro de piora de três a cinco dias, exige que as pessoas procurem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Os maiores riscos são para idosos e crianças menores de 10 anos.

Força-tarefa

Uma força-tarefa foi montada pela administração municipal para garantir o atendimento. Equipe volante formada por 27 médicos está à disposição para percorrer as unidades de atendimento onde houver a maior quantidade de pacientes com sintomas da doença.

Os laboratórios onde são feitos os exames para confirmar a dengue também tiveram reforço, informou a prefeitura. Os veículos responsáveis pelo fumacê nos bairros passaram de quatro para nove veículos. Na Capital, 14 regiões estão sob atenção por apresentarem alta incidência.