Mesmo com CPI na Assembleia, Câmara decide manter comissão contra Energisa 

Mesmo com movimentação na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) pela instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a Energisa, a Câmara de Vereadores de Campo Grande decidiu manter comissão especial promulgada na última terça-feira (5) para investigar o contrato da concessionária. “Num primeiro momento pensamos em encerrar pra conter gastos, mas […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Vinicius Siqueira | (Renata Volpe
Foto: Renata Volpe | Midiamax.

Mesmo com movimentação na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) pela instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a Energisa, a Câmara de Vereadores de Campo Grande decidiu manter comissão especial promulgada na última terça-feira (5) para investigar o contrato da concessionária.

“Num primeiro momento pensamos em encerrar pra conter gastos, mas quando começamos a analisar o processo vimos que temos condições de fazer uma investigação muito barata”, informou o vereador Vinícius Siqueira (DEM), relator da comissão.

Ele ressaltou também que os objetos das duas investigações serão distintos. Enquanto a ALMS irá apurar fato específico baseado na leitura de medidores, tendo como objeto denúncia de que eles estariam medindo diferente do padrão, a Câmara irá analisar o cumprimento do contrato de concessão como um todo.

“Temos várias suspeitas. Inclusive quero saber se tudo que foi contratado para a empresa instalar de infraestrutura no Estado foi cumprido”, explicou Vinícius. De acordo com ele, a preocupação é que findo o contrato de concessão a empresa vá embora largando a estrutura ‘sucateada’. “Nossa investigação é maior que a deles”, argumentou. Segundo o vereador, a apuração irá contemplar outros municípios, sendo possível por não se tratar de CPI.

Sobre o que farão com o resultados, Siqueira adianta que dependerá da gravidade do que será encontrado na apuração. “Se o que nós encontrarmos for de gravidade alta, a tendência é que encaminhe direto pro Ministério Público”, disse. Mas, se forem somente dados que possam ajudar na investigação da ALMS, serão encaminhados à Casa de Leis. 

Perícia técnica

A comissão não pretende contratar advogado extra e deverá contar com a estrutura dos gabinetes. A exceção será perícia técnica na área de engenharia elétrica, mas ainda não há detalhes de como será feita a contratação. “Semana que vem tenho reunião em dois lugares com engenheiros que têm corpo técnico de auditoria”, informou Siqueira, explicando que a intenção é contratar profissionais que sejam referência no País para verificar a rede de energia em MS.

A Comissão Especial da Câmara terá 120 dias para concluir os trabalhos. Além de Siqueira, o grupo conta com o vereador André Salineiro (PSDB) como presidente e o vereador Valdir Gomes (PP) como membro da comissão.

Conteúdos relacionados

Ronaldo Caiado
tre-ms diplomação
mpms