‘Juiz pode ser imparcial, mas é difícil ser neutro’, analisa Vinicius Siqueira

Para o vereador campo-grandense Vinicius Siqueira (DEM), as conversas vazadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol foram feitas em tom informal, não prejudicando o trabalho da Lava Jato, já que mesmo que um juiz seja imparcial, é difícil ele se manter neutro diante da corrupção revelada. “É relativamente comum esse […]

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Candidato Vinicius Siqueira (Foto: Divulgação/AssCom)
Candidato Vinicius Siqueira (Foto: Divulgação/AssCom)

Para o vereador campo-grandense Vinicius Siqueira (DEM), as conversas vazadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol foram feitas em tom informal, não prejudicando o trabalho da Lava Jato, já que mesmo que um juiz seja imparcial, é difícil ele se manter neutro diante da corrupção revelada.

“É relativamente comum esse tipo de conversa entre advogados, promotores e juízes quando acontece o despacho. Você peticiona e às vezes quer esclarecer para o juiz um ponto ou outro, e você vai lá conversar com ele”, explica o vereador.

Siqueira ainda questiona como Moro poderia ser repreendido por tal atitude, sendo que ele tinha em mãos provas sobre os desvios apontados e que resultaram nas sentenças, com posterior condenação também em instâncias superiores, como TRF (Tribunal Regional Federal) e STJ (Superior Tribunal Federal).

“Sabe-se da corrupção, sabe-se que ela era enorme. O juiz pode ser imparcial, mas muito difícil o juiz ser neutro. O cara é brasileiro, o cara vive aqui, paga os impostos aqui e está vendo o esquema todo se formar”, diz Vinicius, que completa.

“É até normal que ele dê opinião sobre sobre fato, mas não é opinião técnica. O juiz não sentou com o promotor para ver a estratégia. Foi uma conversa informal. Eu acho que é muito barulho para pouca coisa”, finaliza.

Vazamento de conversas

O site Intercept Brasil publicou no domingo (9) mensagens atribuídas ao ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, e ao procurador Deltan Dallagnol, que conversavam pelo aplicativo Telegram enquanto integravam a força-tarefa de Lava Jato, que condenou, entre outros políticos, o ex-presidente Lula.

Na troca de mensagens, há diálogos sobre os rumos da investigação e dúvidas sobre os pontos da peça processual da ação que condenou Lula à prisão por enriquecimento ilícito, quatro dias antes de ela ser apresentada.

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