Vereadores chamam de ‘jogo mesquinho’ liberação de verba só após Reforma

Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande reagiram com críticas à informação do prefeito Marquinhos Trad (PSD) de que os repasses da União para obras de infraestrutura na cidade estão travados até que seja aprovada a Reforma da Previdência pelo Congresso Nacional. Durante a sessão desta terça-feira (28), parlamentares disseram ao Jornal Midiamax que essa […]

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Bancada federal em reunião com prefeito Marquinhos Trad em março. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Bancada federal em reunião com prefeito Marquinhos Trad em março. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Vereadores chamam de 'jogo mesquinho' liberação de verba só após Reforma
Prefeito Marquinhos Trad em reunião com a bancada federal. (Foto: Divulgação/Assessoria)

Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande reagiram com críticas à informação do prefeito Marquinhos Trad (PSD) de que os repasses da União para obras de infraestrutura na cidade estão travados até que seja aprovada a Reforma da Previdência pelo Congresso Nacional.

Durante a sessão desta terça-feira (28), parlamentares disseram ao Jornal Midiamax que essa condição faz parte da velha prática do ‘toma lá, dá cá’, e lamentam o ocorrido, sendo que a promessa do atual governo era de uma nova política.

“É uma vergonha isso de toma lá, dá cá. Ele [Jair Bolsonaro] foi eleito e tem que governar. Se as coisas continuarem assim, nunca vão acabar com a corrupção”, avalia Valdir Gomes (PP).

Presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Eduardo Romero (Rede) acredita que o Governo Federal não pode penalizar os municípios por uma questão específica, sendo que os repasses não têm vinculação com a questão previdenciária e são oriundas de outras arrecadações.

Romero diz que se isso de fato se confirmar, é “um jogo barato de troca” e de “extrema deselegância”.

“A gente não sabe para onde vai a economia. Não temos respostas reais para os problemas que a população enfrenta. Isso é um jogo mesquinho”, classifica o vereador da Rede.

Líder do prefeito Marquinhos, Chiquinho Telles (PSD) apenas indaga “cadê a nova política?”. E complementa dizendo que isso vai “engessar” as finanças dos municípios.

E a aprovação da Reforma não será fácil, como prevê Ademir Santana (PDT). “Do jeito que está não vai passar. Não concordamos com alguns pontos da proposta”, afirma.

Reunião com bancada federal

O prefeito Marquinhos Trad esteve reunido na quarta-feira (27) com com a bancada federal de Mato Grosso do Sul, em Brasília (DF).

“A avaliação unânime entre os parlamentares é de que só deve começar alguma liberação de recurso após a reforma da Previdência. Está tudo travado”, disse o prefeito ao Jornal Midiamax logo após a reunião e antes de embarcar de volta à Capital.

De acordo com ele, o cenário prejudica projetos importantes para a cidade. Dentre eles o asfaltamento dos bairros Rita Vieira e Nova Campo Grande, a construção de bacias de amortecimento da chuva, o término de Ceinfs (Centros de Educação Infantil), e a recuperação da malha viária. “Todos estão com projeto pronto”, informou Marquinhos. “Mas a ordem é essa: enquanto não sair a Reforma da Previdência, não sai nenhum valor”, lamentou.

Na reunião, além do atraso no repasse de verbas, a bancada federal relatou ao prefeito o cenário de impasse político. Conforme os parlamentares, após apreciação da proposta, o Governo Federal irá avaliar como foi o voto de cada deputado federal e senador para decidir se libera ou não suas respectivas verbas parlamentares.

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