Alvo da Federal, candidata do PRB teve 491 votos e 99,79% da campanha paga pelo partido em MS
Alvo da Polícia Federal por supostamente fraudar informações apresentadas Justiça Eleitoral, Gilsy Arce teve 99,79% da campanha por uma vaga na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) paga pela Executiva Nacional do PRB. Ela recebeu R$ 760 mil da direção do partido, mas recebeu módicos 491 votos. Cada voto que ela recebeu nas […]
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Alvo da Polícia Federal por supostamente fraudar informações apresentadas Justiça Eleitoral, Gilsy Arce teve 99,79% da campanha por uma vaga na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) paga pela Executiva Nacional do PRB. Ela recebeu R$ 760 mil da direção do partido, mas recebeu módicos 491 votos.
Cada voto que ela recebeu nas urnas custou, em média R$ 1,5 mil, enquanto seu correligionário Antônio Vaz, único eleito deputado estadual pela sigla, gastou R$ 20,27 por cada um dos 16.224 votos que recebeu. A diferença de votos chega a 3304%, mas o parlamentar recebeu, no entanto, R$ 264.209,96 em recursos do partido.
Todos os dados elencados na reportagem do Jornal Midiamax foram obtidos na prestação de contas apresentada pelos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os dados são públicos e podem ser consultados por qualquer cidadão que acessar a plataforma DivulgaCand, vinculada à Corte Eleitoral.
Gilsy Arce foi alvo de três mandados de busca e apreensão expedidos pela 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, a candidata teria, supostamente, fraudado a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral. Ela, no entanto, ‘nega ser laranja’. (Confira a defesa dela ao fim do texto).
As investigações apontam que ela teria omitido informações e/ou inserido declaração falsa para fins eleitorais e, ainda, se apropriado, em tese, de bens destinados ao financiamento eleitoral.
Os recursos que ela dispunha
Ao todo, a campanha dela dispunha de R$ 761.589,50. Além dos 99.75% oriundos da Executiva Nacional, Gilsy Arce contou com apoio de alguns correligionários e também do então candidato da coligação “Esperança e Mudança” ao Governo do Estado, Odilon de Oliveira (PDT), que contribuiu com R$ 360.
Presidente estadual da legenda, Wilton Acosta – que também concorreu, mas à Câmara dos Deputados, em Brasília – doou R$ 975. Ela também contou com a contribuição de R$ 254,50 do vereador de Campo Grande e então candidato da coligação ao Senado, Gilmar Nery de Souza, o Gilmar da Cruz.
O que foi gasto na campanha
A prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral detalha todos os gastos de Gilsy Arce na corrida eleitoral.
Nela, consta a locação de 29 veículos, por R$ 57.646. Só os carimbos da campanha custaram R$ 55 mil. Despesas com pessoal saíram por R$ 40 mil, além de R$ 13.973,30 com Imposto de Renda.
Serviços de marketing e criação custaram R$ 45 mil e captação de imagem e gravação de vídeo R$ 44 mil. Ela também gastou R$ 32 mil com publicidade de matérias impressos. Serviços de iluminação, palco de sonorização para reuniões políticas não saíram por menos de R$ 30,1 mil, além das fotografias e filmagens que custaram R$ 20 mil.
Há também a impressão de folders por R$ 18 mil, R$ 15,3 mil com serviços contábeis, R$ 15 mil com produção e imagem, assessoria de marketing R$ 14,5 mil, o mesmo valor para gestão de marketing, mais R$ 10,3 mil com despesas de pessoal e mais R$ 9,2 mil para sonorização e iluminação.
Com combustível, a candidata gastou R$ 12 mil. Também teve quem ganhou R$ 6 mil para coleta e entrega de documentos. Ela também gastou R$ 3 mil com a locação do comitê. Há, ainda diversos pagamentos a cabos eleitorais, em valores que variam de R$ 250 a R$ 10 mil.
Nega ser laranja
Ao Midiamax, Gilsy Arce confirmou ter sido alvo da Polícia Federal, mas preferiu não falar sobre o assunto. Sua defesa, no entanto, nega que candidatura tenha sido ‘laranja’. “Candidato laranja tem 20 votos, quando muito”, disse o advogado Ronaldo Franco. Ele ainda chama de “estapafúrdia” a tese de vincular o número de votos à quantidade de recursos recebidos.
“Se dinheiro tem a ver com voto, o dinheiro serve para comprar voto e ela não comprou voto, ela aplicou na campanha. Se as pessoas se sensibilizaram ou não com o discurso dela é outra história. Dinheiro é para fazer campanha, campanha é para pedir voto, as pessoas é que decidem”, completa, dizendo que ambos estão “tranquilos“ em relação à investigação, que ainda está em fase inicial.
A reportagem tenta contato com o presidente estadual do PRB, Wilton Acosta, desde as 8h desta sexta-feira (24), mas não obteve retorno atá a publicação desse deste material. O espaço está aberto para manifestação dele, caso queira.
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