A senadora (MDB-MS) disse, nesta sexta-feira, que o Senado precisa de um presidente sintonizado com as ruas, que tenha condições de negociar com o Executivo aquilo que é de interesse da população e não só queira negociar interesses pessoais. Assim, ela explica sua atuação em prol de uma candidatura anti-Renan.

A eleição do novo presidente do Senado ocorre na noite desta sexta-feira (1º). Já oficializaram suas candidaturas os senadores Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (sem partido), Alvaro Dias (Podemos-PR), Major Olimpo (PSL-SP) e Angelo Coronel (PSD-BA). (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) devem colocar suas candidaturas até às 18h.

A senadora Simone explicou por que desistiu de se anunciar como candidata avulsa. “Eu ia numa candidatura apoiada por um partido fora (do MDB), mas percebi que a minha candidatura poderia atrapalhar a estratégia e dividir ainda mais os votos (de um candidato viável para derrotar Renan), então, entrei na campanha anti-Renan. Nós estamos todos nos unindo para poder garantir num segundo turno alguém com condições de vencer as eleições”, afirmou.

Simone tem a expectativa de uma sessão dura. Segundo ela, apesar de o senador Davi Alcolumbre ser candidato, não haveria impedimento para que ele abrisse a sessão e permitisse questionamentos sobre o voto fechado. Os opositores a Renan temem que se o senador mais antigo presidir o processo, prevalecerá o voto fechado. É que o senador José Maranhão (MDB-MA) é alinhado ao senador Renan Calheiros. “Será um embate muito duro. Primeiro, quem é que preside? Segundo, se eles vão aceitar ou não discutir a questão do voto aberto ou fechado?”, explicou. Para Simone, Renan concorre fragilizado e um indicativo disso é a insistência para que não haja transparência para que a população saiba como votaram seus representantes.

Liberdade

Simone Tebet também comentou os motivos da sua saída da liderança do MDB na última terça-feira (29). “Abri mão da liderança do MDB para ter liberdade de votar a favor das minhas convicções. Ser líder de uma bancada rachada, que não tem sintonia com o que a gente pensa também não resolve nada. Então renunciei à liderança para poder ter liberdade nesses próximos quatro anos e ajudar o Brasil”, esclareceu. (Assessoria)