Após dizer que iria “implodir” o presidente , o deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO), anunciou que vai deixar a liderança do PSL na e está a disposição para passar o posto ao filho do presidente, o deputado , de acordo com publicação do jornal Veja. Um vídeo com o anúncio foi divulgado nesta segunda-feira (21).

A indicação de foi defendida por uma lista de 29 deputados do partido, entregue hoje à secretaria-geral da Câmara pelo líder do governo na Casa, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

O anúncio de Delegado Waldir vem depois de o presidente do PSL, Luciano Bivar, informar ao presidente da Câmara, (DEM-RJ), que “por questões estatutárias” não era mais válida a suspensão temporária das atividades partidárias de cinco deputados do PSL, determinada na sexta-feira (18).

Ainda de acordo com o jornal, com a medida de Bivar, os deputados Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ) e Alê Silva (MG), alvos da suspensão, puderam assinar a lista pró-Eduardo, que tem 29 nomes, dois a mais que os 27 necessárias para troca na liderança da sigla, cuja bancada tem 53 deputados.

Em um vídeo, Delegado Waldir faz o esclarecimento. “O meu partido, PSL, decidiu retirar a ação de suspensão de cinco parlamentares. E aceitamos democraticamente uma nova lista que foi feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar para ele toda a liderança do PSL”, disse Waldir.

A troca na liderança do PSL na Câmara é o desfecho de uma crise nascida de outra, a briga entre Bolsonaro e Bivar pelo comando do PSL, que pode levar o presidente a sair do partido.

A mudança envolveu articulação pessoal do presidente, gravado por um deputado enquanto orientava a formação de uma lista para destituir o agora ex-líder. Com 27 nomes, a relação entregue à Câmara pela ala bolsonarista foi superada por uma outra, com 32 nomes, que defendia a permanência de Delegado Waldir e acabou validada pela Casa.

Depois de dizer em outra gravação vazada na semana passada que iria “implodir” Jair Bolsonaro, a quem chegou a chamar de “vagabundo”, Delegado Waldir afirmou hoje que não é subordinado “a nenhum governador, a nenhum presidente, mas, sim, ao meu eleitor”. “Vou continuar defendendo todas as prerrogativas do Parlamento. Nós não rasgamos a Constituição ainda. Nós não rasgamos a Constituição. A Constituição prevê que o Executivo não deve interferir no parlamento em nenhuma ação”, declarou.