CPI não é para promoção pessoal, debatem deputados contra requerimento
Após a visita do diretor-presidente da Energisa na manhã desta terça-feira (29) na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), os deputados estaduais usaram a tribuna para dizer que CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não é para promoção pessoal. Capitão Contar (PSL) apresentou requerimento na semana passada pedindo pela abertura da Comissão, mas conseguiu […]
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Após a visita do diretor-presidente da Energisa na manhã desta terça-feira (29) na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), os deputados estaduais usaram a tribuna para dizer que CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não é para promoção pessoal.
Capitão Contar (PSL) apresentou requerimento na semana passada pedindo pela abertura da Comissão, mas conseguiu apenas seis assinaturas, – são necessárias oito.
Depois da reunião com os representantes da Energisa, o tom usado pelos deputados foi brando com a concessionária de energia. Lídio Lopes (Patri) afirmou que o requerimento apresentado pelo deputado, foi baseado em dados de relógio do estado de Rondônia, onde a Energisa também administra. “Lá tem gato na energia e a Energisa assumiu recentemente e as pessoas foram para cima. Nós trabalhamos em prol da população, não queremos fazer politicagem”.
Lopes disse ainda que no início deste ano tiveram muitas reclamações de consumidores devido ao aumento na conta de luz. “A Aneel veio aqui e nos explicou o que estava acontecendo. As vezes, a pessoa compra um equipamento que aumenta o consumo, deixa na tomada um aparelho para espantar mosquito por exemplo e isso consome. Nossos filhos ficam o dia todo dentro de casa com o ar condicionado ligado”.
Antes de passar a parte ao deputado Pedro Kemp (PT), Lopes falou que a Casa de Leis não pode instaurar uma CPI ‘que não vai dar em nada’. “Os relógios são eletrônicos e verificados pelo Inmetro. Apenas ¼ do que é cobrado na conta é repassado para a Energisa”.
Kemp alegou não ter fato determinado para abrir a CPI. “Está na hora de uma vez por todas esclarecermos que não tem CPI aqui. O que tem é o deputado ter apresentado um requerimento, mas sem um fato determinado”.
O petista ainda convocou um dos seis parlamentares para usar a tribuna e explicar onde tem fato determinado no requerimento.
Antes do debate em plenário começar, Evander Vendramini (PP), um dos seis parlamentares a favor da abertura da CPI, disse que o grande problema da CPI é a promoção pessoal. “Os deputados não querem assinar algo que tenha dono, mas que seja a cara da Assembleia. Mas é necessário fato determinado, se for genérico pode denegrir a imagem e não dar em nada a CPI”.
Renato Câmara (MDB) não assinou o requerimento e disse já ter participado de duas Comissões Parlamentares de Inquérito durante seus mandatos. “CPI é um tema eu já foi aprofundado aqui e os deputados querem ter esse conhecimento antes de assinar. Se tivesse fato determinado, o Ministério Público investigaria. Não podemos usar política sem ter pesquisa antes senão acaba em pizza”.
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