
A Câmara Municipal de Bandeirantes deve esperar algum documento oficial da Justiça para tomar as devidas providências sobre o caso do vereador Mário Aparecido Ferreira de Souza (Patriota), que cumpre seu terceiro ano de mandato e foi preso na última sexta (25) após agredir a sua esposa e ser preso em flagrante.
Uma audiência de custódia foi realizada no domingo (27), onde a Justiça determinou a prisão preventiva do vereador que deverá ser transferido para um presídio de Campo Grande.
Em contato com o Jornal Midiamax, o presidente da Câmara Municipal, Jeovane Félix Oliveira (SD) disse que o caso pegou ele de surpresa, mas que “assim que o recesso terminar e tendo a ciência oficial do assunto, nós iremos com certeza tomar as providências”, afirmou. Os vereadores devem voltar aos trabalhos no dia 5 de fevereiro.
Mesmo com a decisão tomada pela Justiça, Jeovane acha “prematuro” tomar alguma decisão oficial em nome da Casa de Leis. “Nós não temos o conhecimento oficial do que aconteceu a nível judicial. “As informações muitas vezes, os advogados de defesa ou a família não passam para a gente. Não sabemos o desdobramento e a que nível que está na justiça”, explicou.
Perguntado se existia a possibilidade dos próprios vereadores quererem se reunir para tomar uma decisão sobre o caso, o presidente explica que a Câmara “para se reunir, [a Câmara] tem que ser provocada”.
“Em recesso, pode reunir os vereadores por uma convocação do prefeito e também por convocação de dois terços e do presidente, mas para isso, tem que ter o assunto que chegou até as suas mãos e até o momento, nós não temos oficialmente nada que chegou nas nossas mãos para provocar isso”.
Jeovane também comentou que a Câmara reprova todo esse tipo de situação e que é “firme com a relação aos posicionamentos do que é errado”. “Defendemos os direitos dos cidadãos, das mulheres, dos menos favorecidos, então não podemos concordar com isso”.
A reportagem também falou com o vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Luiz Fernando Sauer (PSD) para comentar sobre se há a possibilidade de Mário Aparecido perder seu cargo e foi dito que “existe a quebra de decoro parlamentar, nós temos um código de ética, a lei orgânica e isso precisa ser analisado pela nossa assessoria jurídica”.