Câmara aguarda notificação para decidir sobre fim do poder de polícia da Guarda Municipal

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador João Rocha (PSDB), afirma que ainda não foi notificado sobre a decisão dos desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que consideraram inconstitucional a troca de nome da Guarda Civil para Polícia Municipal. “Estamos aguardando. Na hora que chegar, a gente se posiciona. […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Presidente João Rocha. (Izaias Medeiros
Presidente João Rocha. (Izaias Medeiros
Câmara aguarda notificação para decidir sobre fim do poder de polícia da Guarda Municipal
Presidente João Rocha vai esperar ser notificado sobre decisão do TJMS. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador João Rocha (PSDB), afirma que ainda não foi notificado sobre a decisão dos desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que consideraram inconstitucional a troca de nome da Guarda Civil para Polícia Municipal.

“Estamos aguardando. Na hora que chegar, a gente se posiciona. Chegando a notificação, encaminho para o procurador jurídico da Câmara, que vai fazer a análise técnica. Se o parecer dele for por recorrer, nós vamos recorrer. Ele vai dizer qual o tipo de recurso”, explicou Rocha ao Jornal Midiamax nesta sexta-feira (22).

Já o responsável pelo texto da emenda que alterou o nome da Guarda para Polícia Municipal, o vereador Enfermeiro Fritz (PSD), defende que se entre com um embargo de declaração para reverter a decisão e que vai seguir brigando pela troca de denominação da Guarda.

“Vamos manter a briga no sentido de manter essa nomenclatura porque entendemos que ela vai dar uma maior visibilidade a nível da sociedade com as ações desempenhadas pela Polícia Municipal”, declarou Fritz.

Inconstitucional

Órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul derrubou, na quarta-feira (20), a proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município que havia alterado a nomenclatura da Guarda Civil de Campo Grande que passou a ser chamada de Polícia Municipal. Com a decisão, o órgão volta a ser chamado de Guarda até que seja feito o julgamento do mérito da ação, que não tem data para entrar em pauta.

Ao todo, 15 desembargadores analisaram o pedido. Destes, 10 foram favoráveis a suspender a eficácia da emenda à Lei Orgânica até que o processo seja julgado.

Em seu parecer, o relator da ação, desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, propôs que apenas a nomenclatura fosse alterada e que os agentes continuassem atuando com força de polícia, no entanto, foi vencido por maioria dos colegas que entenderam que os servidores devem voltar promover a vigilância dos prédios públicos, fiscalizar a utilização adequada dos parques, jardins e praças e outros bens de domínio público.

A ação foi protocolada pela AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), AME-MS (Associação dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), ACS / PMBM / MS (Associação de Cabos e Soldados da PM e BM de Mato Grosso do Sul) e Aspra – MS ( Associação dos Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul).

Conteúdos relacionados

beto avelar reforma
O Presidente da ASMMP, Fabrício Secafen Mingati, que também assinou a nota conjunta (Reprodução, MPMS)