Após TAC, prefeito atribui nomeações a crescimento fora do normal no município


Após assinar com o MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que obriga a administração municipal a realizar concurso público, o prefeito Edvaldo Alves de Queiroz, conhecido como Tupete, justificou que as nomeações de comissionados ocorreram em virtude do grande crescimento de Água Clara nos últimos três anos, decorrente da instalação novas empresas.
“Isso deu um crescimento fora do normal e para atender a demanda eu tive que contratar funcionários na saúde, educação. Somente na nova creche foram 70 funcionários”, explicou. Segundo o prefeito, se a administração fosse nomear servidores somente após concurso, a população sairia prejudicada.
“Hoje em Água Clara sai uma mudança e chegam outras dez. A gente fica feliz porque ver a cidade crescendo é bom, mas o fluxo de pessoas que ocupa a saúde cresce, a escola tem aumento. Por isso temos que aumentar os serviços”, argumentou.
Depois do TAC assinado com o MP, que proíbe novas nomeações, Tupete informou que a prefeitura fará levantamento para ver a quantidade de vagas necessárias a serem abertas no concurso público. Mas ainda não há definição se o processo de mapeamento das vagas será feito por terceirizada, licitação ou por meio de convênio com alguma faculdade. Mesmo assim, ele garante que cumprirá os termos do acordo. “Vamos atender a Justiça”, afirmou.
O prazo dado pelo MPE é de seis meses para a contratação da empresa que fará o certame. Também foi exigida a instalação de ponto eletrônico para os servidores, o que segundo Tupete já foi providenciado.
Sobre as denúncias de nepotismo, o prefeito informou que a situação foi regularizada no ano passado resultando na exoneração de aproximadamente 30 pessoas que possuíam parentesco com políticos do município. “Muitas vezes a gente nem sabia que era parente, mas tinha. Foram exoneradas todas”, garantiu o prefeito.