Apontado como autor de CPI por ‘politicagem’, Contar usa tribuna para se defender
Após encerrar a votação na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (30), o clima esquentou e deputados voltaram a discutir a respeito da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa. O Capitão Contar (PSL), autor da proposta que tem como objetivo investigar o preço da conta de energia em Mato Grosso […]
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Após encerrar a votação na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (30), o clima esquentou e deputados voltaram a discutir a respeito da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa. O Capitão Contar (PSL), autor da proposta que tem como objetivo investigar o preço da conta de energia em Mato Grosso do Sul, usou a tribuna para se justificar. O embate envolveu também Lídio Lopes (Patriota) e Zé Teixeira (DEM).
Em seu discurso, Contar afirmou que apenas ele e mais cinco deputados enxergavam o problema na conta e disse que não usa a CPI para fazer politicagem. “Já não é o bastante censurar a tribuna livre. Agora querem falar das minhas redes sociais”, disse ele, referindo-se a publicações que tem feito apresentando os interesses da CPI. “Tornar público o que é público não é expor a Casa [de Leis]. Não uso verba de gabinete para prestar contas do meu mandato através de publicidade”, disse.
Ao falar das redes sociais, Contar faz menção a uma montagem que circula na internet com o nome e fotos dos deputados que não assinaram a abertura da CPI. “Se existe material, não é de minha autoria. Muito menos de meu gabinete. Essa pressão aconteceu com os professores, agora com a CPI e quero ver como vai ser quando chegar aumento de imposto”, afirmou ele.
Contar apontou ainda que o colega de partido, Coronel David, acionou o Conselho de Ética para avaliar sua postura. “Bolsonaro teria vergonha disso”.
Lídio Lopes, usou a tribuna novamente e por sua vez, criticou as postagens que, segundo ele, expõe os deputados. O deputado disse que 100% da população de Mato Grosso do Sul paga conta de energia cara, mas que isso não é motivo para uma CPI. “Não estou fazendo papel de advogado do diabo, defendendo a Energisa, mas tem que respeitar meu mandato. Ver nosso nome sendo mal falado me incomoda. Não gosto de ver painéis na cidade dizendo que os deputados não querem CPI”, afirmou.
Para ele, basta que Contar que transforme a denúncia em fato determinado e Comissão Especial, para que o procedimento possa ser levado adiante. “A culpa [de não assinar] não é nossa, quer dizer que ele não tem competência. É preciso respeito com os 24 deputados. Se tiver fato e tiver uma investigação, vamos abrir a CPI”, pontuou.
Visivelmente insatisfeito com as declarações de Contar, Zé Teixeira alegou que o colega deputado deveria usar a tribuna para dizer o que tem feito que os demais não têm feito. Ele também alegou que o preço alto das contas de energia são reflexo, além dos tributos, de determinações de agências reguladoras. “Quem determina bandeira verde, vermelha e amarela é a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”.
Teixeira também sugeriu que Contar use os 70 mil eleitores que votaram no PSL em MS e consiga pelo menos dois relógios de energia com sinais de adulteração. “Se tiver adulteração, manda prender o presidente da Energisa. Nossa conta, 75% é PIS e COFINS. O senhor [Contar] pode fazer fiscalização com ajuda do MP [Ministério Público], tem prerrogativa para isso, mas não dá para prejudicar uma empresa que emprega 3 mil pessoas em MS sem fato determinado”
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