Antes de retornar à capital federal, o presidente da Câmara dos Deputados, (DEM-RJ) teve encontro longe dos holofotes com o governador () e alguns deputados federais eleitos. Hora, local e imagens não foram divulgados e sequer a assessoria de comunicação do governo estadual pode ter acesso, tudo, em tese, a pedido do democrata.

Prestes a renovar a presidência da Mesa Diretora do parlamento, Maia desembarcou em por volta das 16 horas e, em rápida entrevista coletiva, afirmou que o objetivo da visita seria angariar votos para sua reeleição e, é claro, defender a aprovação da reforma da Previdência Social.

Com apoio oficial de 12 partidos na sua tentativa de obter a reeleição à presidência da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem, em tese, sete votos de deputados eleitos por Mato Grosso do Sul para conseguir seu terceiro mandato consecutivo no comando da Casa, entre eles Rose Modesto (PSDB), Beto Pereira (PSDB) e Dagoberto Nogueira (PDT), que o recepcionaram na chegada às terras pantaneiras.

Antes de embarcar rumo à Brasília, Rodrigo Maia teve agenda ‘discreta’ na Capital
Ao fundo, deputados eleitos Rose Modesto e Beto Pereira, cujos votos devem garantir reeleição de Maia (Foto: Minamar Jr/Midiamax)

Com representantes sul-mato-grossenses na Câmara, o PSL, PSDB, PSD e até o PDT, que era esperado na oposição, já indicaram apoio ao deputado carioca. Com isso, caso respeitem as decisões de suas legendas, Maia deve contar com os votos dos tucanos Rose Modesto, Beto Pereira e Bia Cavassa; Tio Trutis e Luiz Ovando, correligionários de Jair Bolsonaro (PSL); Fábio Trad (PSD) e Dagoberto Nogueira (PDT).

Já Vander Loubet, único petista eleito em 2018, ainda deve aguardar decisão da liderança da bancada.

Apoio do PSL mira CCJ

Ao Jornal Midiamax, os parlamentares do PSL confirmaram que vão seguir a orientação do partido e votar em Maia.

“Com os candidatos apresentados até agora, a minha opção é ele sim”, afirmou Tio Trutis nesta sexta-feira (11). “Dentre os apresentados, ele é o melhor, porque a gente conseguiu ficar com o comando das três comissões mais importantes. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) é tão importante ou mais do que a presidência da Câmara neste momento. Com Maia presidente, a gente tem a garantia da votação das reformas e a presidência dessas comissões”, avalia.

O deputado eleito Luiz Ovando concorda com o colega de partido e destaca a importância do PSL na decisão sobre o futuro presidente da Casa, por possuir futuramente a segunda maior bancada.

“O aceno do Rodrigo Maia para o PSL traz o partido para o das discussões e da participação mais direta na Mesa Diretora e também nas comissões. Diante disso, o PSL abraçou e eu sou concordante com isso”, diz Ovando.

Apoio oficial

Considerando-se as bancadas eleitas em outubro, esses 13 partidos somam 290 deputados. No entanto, não há garantia de que todos os parlamentares seguirão a orientação do partido, já que a votação é secreta.

Para vencer a disputa pelo comando da Câmara no primeiro turno, um candidato precisa de, pelo menos, 257 votos.

Ao PSL, Maia prometeu uma das vices e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais disputada por ser a responsável pela análise constitucional de todas as propostas em tramitação.

Na quinta-feira (10), líderes do PSB, PDT e PCdoB se reuniram com Maia para negociar um eventual apoio das três legendas de oposição à tentativa de reeleição do parlamentar do Rio de Janeiro. Pedetistas já se decidiram, faltam apenas as outras duas.