Senadores de oposição não entraram em obstrução

Após mais de sete horas de discussões na Câmara dos Deputados, em sessão que teve início na noite de segunda-feira (19/2) e adentrou a madrugada desta terça (20), agora é a vez do Senado Federal analisar o decreto que coloca a Segurança Pública do Rio de Janeiro sob . 'Sem dinheiro não se faz guerra', adverte senador sobre intervenção militar

Ao contrário dos deputados federais, os senadores de oposição não entraram em obstrução. Mas tanto parlamentares favoráveis à intervenção quanto os contrários têm batido em um mesmo ponto: o decreto não prevê a dotação orçamentária das ações federais a serem adotadas no combate à criminalidade no estado.

Falando em favor da intervenção, o senador Lasier Martins (PSD-RS) foi direto: “É preciso orçamento continuado. Sem dinheiro não se faz guerra”, advertiu ele, corroborando com os argumentos do relator da matéria na Casa, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), que proporá medidas para garantir recursos à intervenção. “Tem que ter um planejamento até o fim, não dá para começar e não terminar. Não dá para começar uma operação dessa magnitude e no meio dizer que não alcançamos o que queríamos por falta de recurso”, disse.

A votação do projeto no Senado estava prevista para as 18h desta terça, mas seu início foi adiado em uma hora. A sessão não poderia começar até a reunião conjunta do Congresso Nacional ser concluída, o que só ocorreu às 19h55. Às 20h25 o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) declarou aberta a sessão para análise da intervenção.