Cida Amaral será acionada por infidelidade partidária

Após anunciar que deixará o Podemos, a vereadora Cida Amaral ainda não comunicou o partido sobre sua decisão, segundo o presidente municipal Juliano Gogosz, que considera a atitude “deselegante” e “desleal” por parte da parlamentar.

“Tudo o que nós acompanhamos foi pela imprensa, não tem nenhum comunicado oficial. Pelo menos tinha que ter gratidão pelo partido”, disse Gogosz ao Jornal Midiamax nesta terça-feira (10). “Os votos dela não foram sozinhos, ela precisou do coeficiente para se eleger”.

Nas eleições de 2016, a Enfermeira Cida, como é mais conhecida a vereadora, ficou com a 29ª vaga na Câmara Municipal de Campo Grande. Ela teve 1.929 votos, o que não seria suficiente para se eleger caso não fosse levado em consideração os votos na legenda, nesta situação, ela ficaria na 51ª posição.

Sem janela partidária para vereadores, como definiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cida só poderia mudar de legenda se tiver “justa causa”, como define a lei eleitoral, do contrário pode perder o mandato por se desfiliar pelo partido do qual foi eleita. Cida defende que há justa causa para sua saída.Podemos considera desleal saída de vereadora e vai brigar por mandato

Já a direção do pensa diferente e vai à Justiça para assegurar a vaga no Legislativo da Capital. “Ela vai ter que provar que houve justa causa”, disse Gogosz. “O partido lutou muito para que ela se tornasse a nossa vereadora. Sempre tratamos ela com respeito, carinho e lealdade. Ela era presidente do Podemos mulher do Estado e só não era presidente da capital por que recusou o cargo”.

Além de Cida Amaral, que deve se filiar ao Pros, no dia 13 de abril, o primeiro suplente Silvio Mori está de malas prontas para se mudar ao PHS. Com isso, a cadeira da Câmara seria herdada por Wilson Xororó, segundo suplente, que conseguiu 1.227 votos no pleito de 2016.

(Foto: Kayron Rodrigues/Assessoria)