Pedidos de prisão de Puccinelli, filho e advogado são da Justiça Federal de MS
O ex-governador André Puccinelli, o filho Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves foram presos durante operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (20), com mandados emitidos pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. Todos também foram presos há 8 meses na Operação Papiros de Lama. De acordo com a defesa de Calves, o […]
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O ex-governador André Puccinelli, o filho Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves foram presos durante operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (20), com mandados emitidos pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. Todos também foram presos há 8 meses na Operação Papiros de Lama.
De acordo com a defesa de Calves, o advogado André Borges, ninguém da defesa teve acesso ao pedido de prisão. Os mandados são da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande e a pedido da Polícia Federal.
A princípio, a Polícia Federal levou todos os presos para celas da Polícia Federal. A Papiros de Lama foi fruto da delação premiada feita pelo pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, ex-operador do suposto esquema de propinas de Puccinelli entre os anos de 2006 a 2013.
Ele procurou a PF em agosto do ano passado e aliado aos seus depoimentos, perícias, documentos e provas coletadas nas outras quatro fases da Lama Asfáltica, os agentes conseguiram comprovar desvios de R$ 85 milhões, somente na Papiros de Lama. Em toda a Operação, desde 2015, o dinheiro desviado de recursos públicos ultrapassa R$ 235 milhões.
A operação envolve a Receita Federal, Polícia Federal e o Ministério da Transparência. As investigações analisaram documentos que apontariam suposto esquema de desvio de dinheiro para propinas com a suposta emissão de notas frias do Instituto Ícone, que tem como sócio o filho do ex-governador André Puccinelli (PMDB).
Na quarta fase da Operação, a Polícia constatou que uma concessionária de serviço público teria simulado compras de estação de tratamento e de livros jurídicos, como estratégia para pagamento de propinas.
A investigação também apurou indícios de irregularidades na compra de 3 mil livros, por R$ 300 mil, escritos pelo advogado e professor universitário André Puccinelli Júnior, filho ex-governador, que podem ter irrigado o esquema criminoso investigado pela Operação Lama Asfáltica.
O Instituto também foi citado na delação de Wesley Batista, um dos empresários do Grupo JBS. A empresa teria fornecido notas frias para suposto recebimento de propina de Puccinelli do império da carne no Brasil.
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