Para combater venda de votos, nova campanha quer conscientizar eleitor
Foto: Richelieu Pereira

Outdoors, camisetas, adesivos, panfletos e divulgação nas redes sociais, essas serão as “armas” para tentar evitar que eleitores vendam seus votos em outubro. Campanha lançada nesta segunda-feira (23) por quatro instituições tem objetivo de conscientizar a população sobre ética nas eleições.

Participam da campanha “Voto Certo é Voto Limpo” o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), o MPE-MS (Ministério Público Estadual), o MPF-MS (Ministério Público Federal) e a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil).

O foco principal da campanha é a publicidade. Com os anúncios, o grupo espera que os eleitores entendam os “valores morais e a consequência dos votos”.

Desembargador do TRE, Sergio Fernandes afirmou que a expectativa é que em conjunto a campanha ganhe maior alcance e atinja o maior número de eleitores. O magistrado também lembrou que operações e fiscalizações têm trazido punições a corruptos.

Procurador-Geral do Estado, Paulo Cezar Passos lembrou que atualmente o momento é de “crise ética e moral no país” e que o cidadão precisa ter atenção nas escolhas que fará nas urnas. “Vivemos um momento crucial e devemos propiciar eleições limpas”, disse ressaltando, ainda, que a atuação tanto do MPE quanto do MPF será rigorosa neste ano.

O procurador regional eleitoral do Estado, Marcos Nassar, afirmou que só no ano passado, levando em conta estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), R$ 330 bilhões do orçamento do Brasil foram desviados pela corrupção.

“Há um círculo vicioso e perverso. Candidatos eleitos, tornam-se mandatários e através da corrupção conseguem dinheiro para viabilizar as próximas eleições, temos que combater a compra de votos, o velho modo de fazer política no pais”, disse.

Mais ferramentas

Além de fazer parte desta campanha, a OAB prevê lançar um site para que os eleitores possam consultar o histórico dos candidatos. Descobrir, com poucos cliques, quais deles têm ficha suja ou se envolveram com corrupção.

Presidente da entidade, Mansour Karmouche classificou o momento atual como de “extrema debilidade” e lembrou que só campanhas contra corrupção podem fazer a transformação do país.