Não fosse a corrupção, 327 mil leitos poderiam ser criados, diz superintendente da PF

Aumento de 89% no número atual de leitos, defendeu Luciano Flores Lima

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Aumento de 89% no número atual de leitos, defendeu Luciano Flores Lima

O dinheiro desviado dos cofres públicos, no ano de 2016, poderia aumentam em 89% o número atual de leitos hospitalares no Brasil, defendeu o superintendente regional da PF (Polícia Federal) em Mato Grosso do Sul, Luciano Flores de Lima. Segundo o superintendente, não fosse a corrupção, 327 mil novos leitos poderiam ser criados no país.

“A corrupção é um assassino silencioso. A corrupção mata, ela bate na nossa porta em forma de hospital que não tem recurso para curar nossa doença, para salvar um familiar quando ele precisa de medicamentos ou equipamentos. São muitos os reflexos da corrupção e nós vemos no dia a dia de quem mais precisa”, afirmou, durante palestra na Câmara Municipal de Campo Grande, na tarde desta terça-feira (18).

De acordo com o superintendente, dos R$ 6,26 trilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do país, em 2016, ao menos R$ 125 bilhões, equivalente a 2% do montante, foram objetos de corrupção e desviados de sua finalidade “e vão para o bolso de corruptos, sejam eles da iniciativa privada, que contratam com o Poder Público, ou de agentes púbicos que superfaturam esses contratos para receber propina em troca disso”.

O crime organizado, segundo Lima, teve faturamento de 5% do total do PIB no Brasil, algo em torno de R$ 300 milhões. Conforme dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o custo médio da corrupção, em 2008, foi de valores entre R$ 41,5 bilhões e R$ 69,1 bilhões.

Com esse valor, segundo afirmou o superintendente, seria possível inserir outros R$ 16,4 milhões de brasileiros nas escolas públicas, equivalente a 48% do total. “Mesmo que a gente não aumentasse esse percentual de alunos, imaginem o quanto nós poderíamos agregar na qualidade da educação pública, com escolas em tempo integral, prática de esportes e alimentação de qualidade”, defendeu.

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