“Não conheço o projeto”, diz Marquinhos sobre aumento nos salários da Prefeitura
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirma que não sabia do teor da proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, que reajusta o salário do chefe do Executivo, vice e secretários da Capital. A proposição foi aprovada na quinta-feira (6) pela Câmara de Vereadores. Com a medida, o prefeito poderá receber de […]
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O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirma que não sabia do teor da proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, que reajusta o salário do chefe do Executivo, vice e secretários da Capital. A proposição foi aprovada na quinta-feira (6) pela Câmara de Vereadores.
Com a medida, o prefeito poderá receber de salário até 90,25% do subsídio mensal dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), criando um efeito cascata com aumentos para vice, secretários e outros integrantes da gestão municipal.
“Eu não conheço o projeto, eu não fiz o texto. […] Eu não sei a redação da lei. […] Eu não pedi, eu não mandei. Eu quero até saber se eu tenho direito de vetar ou não isso”, relatou Marquinhos, durante agenda pública na manhã desta sexta-feira (7).
Levando-se em conta o reajuste nos salários dos ministros do STF, que elevou de R$ 33 mil para R$ 39 mil os proventos a partir de janeiro de 2019, o salário do chefe do Executivo da Capital pode chegar a R$ 35,4 mil. Um aumento de 73,72% relativo aos R$ 20,42 que ele recebe atualmente.
Como não tem conhecimento dos detalhes da emenda aprovada pelos vereadores, Marquinhos não se arrisca a prever o impacto que os reajustes podem ter nos cofres do município.
“Eu não sei o quanto é que isso impacta. Tem que ver quem atinge porque, se não, sinceramente, eu não sei de onde que eu vou tirar esse dinheiro”, comentou o prefeito.
Após consultar um assessor, Marquinhos descobriu que, por se tratar de uma Emenda à Lei Orgânica proposta pela Mesa Diretora da Câmara, o texto não passa por ele antes de ser promulgado. Ou seja, não fica sujeito a vetos.
“Não passa por mim. Eu preciso saber e conhecer certinho isso daí. O que me deixa um pouco mais confortável é que é para 2021. Mas tem que ver qual que é a extensão disso e ver se eu sou obrigado [a aceitar]”, conflui o prefeito de Campo Grande.
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