Mulher de amigo de Temer pagou reforma na casa de filha do presidente, diz Folha

Obra teria sido paga em dinheiro vivo

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Obra teria sido paga em dinheiro vivo

 

Um dos alvos da Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer (MDB), voltou a ser notícia nesta quinta-feira (12). O coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal há décadas do emedebista, teria sido, segundo reportagem do Jornal Folha de São Paulo, intermediários de propinas pagas pela JBS.

A esposa do coronel, a arquiteta Maria Rita Fratezi, pagou em dinheiro vivo os custos com a reforma em um imóvel da psicóloga Maristela Temer, filha do presidente da República. Os recursos seriam oriundos das propinas supostamente pagas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS.

Um empresário de São Paulo, que forneceu material para obra na casa de Maristela, confirmou que recebeu pagamento de Maria Rita, sempre em dinheiro vivo.

De acordo com a reportagem, pelo menos dois delatores da JBS, Ricardo Saud e Florisvaldo Oliveira, implicaram Lima e Temer como recebedores de propinas pagas pela multinacional.

O dinheiro teria sido entregue em setembro de 2014, e custeado a reforma na casa da filha de Temer no começo de 2015. As propinas para o então PMDB seriam de R$ 15 milhão, sendo que o presidente teria ficado com R$ 1 milhão, praticamente, segundo a reportagem, o custo das obras no imóvel de Maristela.

À Folha, Temer afirmou que questionamentos sobre a reforma cabem à defesa de sua filha, que por sua vez não respondeu as perguntas da reportagem. Lima e Maria Rita ficaram calados durantes seus depoimentos à PF no âmbito da Operação Skala.

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