Ministro chama facções de 'exército' e prevê investir R$ 3,4 bilhões em segurança até 2022
(Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

“Estamos criando um monstro que vai nos devorar”. Assim, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em nesta quinta-feira (19), projetou o crescimento do crime organizado nas fronteiras de Mato Grosso do Sul. Conforme o ministro, o próprio sistema carcerário brasileiro, com 726 mil presos, alimenta a expansão das grandes facções criminosas.

Dominado pelas facções, o sistema prisional brasileiro cresce 7% a cada ano e, segundo ele, a expectativa é que o número de encarcerados chegue a 1 milhão de pessoas até o fim de 2019. “As grandes facções criminosas são criadas dentro do sistema carcerário e, de dentro dele, controla-se o crime nas ruas”, traduziu Jungmann.

Ainda conforme o ministro, nem mesmo a captura dos chefes de facções está sendo capaz de frear a ação dos criminosos. “Prendemos os chefes, mas eles continuam chefes. Estamos criando um exército para nos matar, roubar, frutar”, admite o chefe da Defesa de Michel Temer (MDB).

Combate

Uma das medidas para reforçar a segurança na , local por onde drogas, armas, munições e contrabando chegam ao Brasil, será o prosseguimento da Operação Fronteira Segura até o final de dezembro, fim da gestão Temer.

A União também deve criar a Coordenação Nacional da Fronteira, destinando cerca de R$ 200 milhões à Polícia Federal e outros R$ 250 milhões à Polícia Rodoviária Federal, segundo anunciou o ministro.

Outros R$ 800 milhões à devem ser distribuídos aos estados ainda este ano, seguindo indicadores de criminalidade. A verba ‘carimbada', aquela com destinação exclusiva e que não pode ser utilizada para outros fins, pode chegar a R$ 3,4 bilhões, em 2022, conforme previsão de Jungamnn.